Paraná ainda procura “astro” para elenco

O Paraná Clube ainda não fechou seu elenco para 2009 -busca um zagueiro e um meia-atacante, pelo menos – e tenta encontrar um jogador capaz de “arrastar” seu torcedor de volta às arquibancadas do Durival Britto. O meia Giuliano, principal aposta do clube, foi negociado com o Internacional, deixando o lugar vago. Até mesmo o departamento de marketing busca esse novo “garoto-propaganda” para atrair o torcedor, em suas ações do “Sempre Paraná”.

A preferência, neste caso, seria por um garoto da base – como Rodrigo Pimpão ou Elvis -, mas o histórico recente mostra que a relação ídolo-torcida depende do resultado de campo e também da confiança no potencial do atleta. Num passado recente, mesmo em momentos difíceis, o goleiro Flávio foi esse jogador. Uma referência dentro de campo. No ano passado, a campanha irregular fez o camisa 1 perder essa posição, ocupada por Josiel. Mesmo com a queda para a segundona, o camisa 9 conquistou a artilharia do Brasileirão de 2007.

Como para o torcedor o que interessa são os gols, quase sempre um atacante ocupa essa condição de ídolo. Foi assim com Saulo, Adoílson, Caio Júnior, Renaldo e tantos outros. Artilheiros natos e que conseguiram mais do que gols, identificação com o torcedor paranista. Na teoria, os candidatos são os recém-contratados Gedeon, Wando e Abuda. Para o técnico Paulo Comelli, essa questão pode ser solucionada ao natural.

Com um time competitivo, “guerreiro”, os destaques surgirão. “O importante é você estar na ponta de cima da tabela. Com as vitórias, o torcedor voltará ao estádio e elegerá seus ídolos”, comentou. Uma situação que para o treinador está diretamente ligada à uma menor rotatividade de atletas. Por isso, nessa reformulação do elenco, priorizou contratos mais longos, tentando ao menos fazer com que o clube mantenha uma base durante toda a temporada.

Bem diferente do que ocorreu neste ano. Ao apostar demais em contratações, fez contratos mais curtos (como na equipe do Paranaense) e os mais longos só agora estão sendo rescindidos, onerando o clube duplamente. “Estamos trabalhando para formar um time competitivo no Paranaense e que será uma base sólida para a Série B. Com isso, a intenção é fazer com que o nosso torcedor recupere a confiança no clube”, explicou o vice de futebol Márcio Villela. Sem receitas adicionais, o Tricolor precisa – e muito – de um bom fluxo nas bilheterias.

“Mas para atrair o torcedor temos que ter um time competitivo e confiável”, admitiu Villela. Com esse perfil, espera uma guinada não apenas técnica, mas também na média de público. Afinal, depois de chegar à Libertadores com 10.557 torcedores/jogo (na Série A de 2006), neste ano o Tricolor só levou 4.401 torcedores, em média, ao Durival Brito (na Série B). “Vamos mudar essa história. Acreditamos nessa reformulação que o Comelli está organizando e ainda traremos mais um ou dois reforços. Quem sabe, o ídolo que essa torcida quer”, arrematou o dirigente.

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