Violência

Pancadaria termina com 14 torcedores e três policiais em hospitais

Logo após o apito final da partida que decretou o rebaixamento do Coritiba, um cenário de guerra tomou conta das imediações do Estádio Couto Pereira e de outros pontos da capital paranaense. Dois torcedores foram baleados e muitos outros entraram em luta corporal com policiais militares. O estouro das bombas de efeito moral e dos tiros de borracha disparados pela polícia assustava quem voltava para casa após o jogo. Nas ruas próximas, inúmeros carros estacionados foram depredados.

Pelas primeiras informações, foram 14 torcedores e três policiais precisaram ser levados a hospitais, em decorrência do tumulto dentro do Couto Pereira e no entorno. O número de feridos porém foi bem maior, já que ambulâncias do Siate e do Samu faziam o atendimento fora do estádio. Quem só tinha escoriação ou não havia suspeita de complicação dos ferimentos era medicado e liberado no local.

Atendimentos

Pouco depois das 19h, o jovem identificado como Aloísio Augusto, 22 anos, foi baleado na cabeça, na Rua Mauá, e internado em estado grave no Hospital Cajuru. Outro rapaz, parente de um policial militar, levou um tiro no ombro e foi encaminhado ao Hospital Evangélico. Ambos foram submetidos à cirurgia. Não há informações sobre a autoria dos disparos. Outros dois rapazes foram feridos com tiros de borracha.

Ambulâncias do Siate e do Samu atenderam alguns feridos e os liberaram ainda nas imediações do estádio, enquanto os mais graves ou com suspeita de complicações foram levados a hospitais. No estacionamento do estádio, um policial do Pelotão de Motos do 12.º Batalhão da Polícia Militar foi atingido por uma placa de publicidade, ao tentar conter o avanço de torcedores. Com corte na cabeça, ele também foi levado ao Hospital Cajuru. Pouco depois passou por exames, mas estava consciente.

De acordo com o Pastor Odair, da assessoria de imprensa do Hospital Evangélico, oito torcedores foram levados ao pronto-socorro. Porém, não há informações do estado de saúde das vítimas. Uma torcedora do Coritiba, de 20 anos, foi agredida durante o tumulto no campo e foi levada ao Hospital do Trabalhador. No entanto, os ferimentos eram leves e ela foi liberada em seguida.

Fábio Alexandre
As ruas foram cercadas e as pessoas de bem ficaram apavoradas diante da “guerra”. A Igreja do Perpétuo Socorro teve que fechar as portas.