Odepa vistoria obras do pan no Rio

Rio – Há dois anos e meio da realização dos Jogos Pan-Americanos de 2007, o Rio receberá pela primeira vez a visita da Comissão de Coordenação do evento, da Organização Desportiva (Odepa), que analisará o avanço das obras na cidade. A partir de hoje, os quatro inspetores constatarão o progresso em várias construções – as principais são o Estádio Olímpico João Havelange e o complexo Maracanã.

A inspeção começará pela Vila Olímpica, na Barra da Tijuca, zona oeste, e terá a presença do ministro dos Esportes, Agnelo Queiroz.

Apesar de estarem dentro do prazo previsto, as obras para a construção dos 17 prédios, com um total de 1.480 apartamentos, ainda estão na fundação. O secretário-geral do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos (CO-RIO), Carlos Roberto Osório, explicou que até a paralisação dos trabalhos no local, por quatro meses em 2004, aguardando a liberação de seu financiamento – R$ 300 milhões – pela Caixa, estava prevista no cronograma.

"A vila não será um problema. Se ficasse mais algumas semanas sem obras é que iria complicar", contou o secretário Geral do CO-RIO.

Lembrou ainda que a previsão é a de que em janeiro de 2007 as instalações estejam concluídas.

Após a vila, a comissão segue para o Estádio João Havelange, no Engenho de Dentro, zona norte, onde parte das arquibancadas já foi suspensa. O local terá capacidade para 45 mil pessoas e já consumiu cerca de R$ 35 milhões, dos R$ 235 milhões destinados a construção, que tem término previsto para junho de 2006.

O complexo do Maracanã será destino dos avaliadores quarta-feira. O Maracanãzinho e o Parque Aquático Júlio De Lamare estão com suas obras em andamento. O ginásio, que consumirá um total de R$ 18 milhões, iniciou ontem a segunda fase de sua reforma. A instalação das cadeiras, do piso, do ar-condicionado central, além da recuperação de suas estruturas fazem parte dessa etapa. O maior estádio do mundo só entra em obras após o Campeonato Carioca.

A decepção, talvez, fique no projeto mais ambicioso para o pan-americano: o Complexo Esportivo do Autódromo Internacional Nélson Piquet, em Jacarepaguá, zona oeste, que somente na semana passada teve sua concorrência homologada.

Maia diz ter R$ 1,8 bi

Rio – Os Jogos Pan-Americanos de 2007 nunca estiveram ameaçados de não se realizarem no Rio de Janeiro, por causa da falta de recursos. Pelo contrário, o prefeito carioca Cesar Maia possui cerca de R$ 1,8 bilhão guardado para em uma emergência custear a competição, orçada em R$ 2 bilhões. "Nunca houve risco para o evento", garantiu o político. E é a essa conclusão que a comissão de vistoria da Organização Desportiva Pan-Americana (Odepa) chegará, após sua visita de inspeção que terá inicio hoje.

Na semana passada, o governo do Estado e a Prefeitura carioca protagonizaram cenas de uma comédia-pastelão, por causa dos jogos, gerando dúvidas quanto a realização do evento. De um lado, o prefeito carioca Cesar Maia (PFL), pré-candidato à Presidência da República em 2006, tentou estabelecer uma parceria com sua adversária política, a governadora Rosinha Garotinho (PMDB).

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