“Qualidade ofensiva, mas com responsabilidade na marcação.” Esta a síntese do que Sérgio Soares vai tentar aplicar no Paraná Clube. O novo treinador foi apresentado oficialmente ontem à tarde e pouco depois já estava no gramado da Vila Capanema, trabalhando a equipe que colocará em campo no sábado, contra o Atlético Goianiense, no Serra Dourada.
O desafio de Sérgio Soares será tirar a equipe do “fundo do poço” e atingir o G4. Missão que cumpriu com êxito ano passado, à frente do Santo André. Com uma formação profissional enraizada no mercado paulista, Sérgio Soares da Silva, 42 anos, disse conhecer muito bem a maioria do componentes do atual elenco paranista.
“Quase todos vêm do futebol de São Paulo. Joguei várias vezes contra muitos deles. E tive trabalho. Esse feedback eu tenho. Também já recebi informações da comissão técnica permanente (o auxiliar Ageu Gonçalves e o preparador físico Rodrigo Rezende) e a partir disso vamos fazer uma avaliação geral desse grupo”, explicou.
O treinador antecipou que dificilmente irá externar situações do grupo, como uma eventual necessidade de reforços. “Isso é assunto a ser tratado internamente, com o presidente, o vice e o diretor.”
Sérgio Soares é o quarto treinador do Paraná nessa temporada, o 10.º em apenas dois anos e meio. O treinador encara o quadro com naturalidade e diz estar pronto para derrubar essa média de um técnico a cada três meses.
“Essa rotatividade se tornou comum, mas não venho pensando assim. Quero fazer um trabalho legal até o fim do ano, buscando o acesso”, comentou, entendendo que isso poderia representar um trabalho a médio prazo, pensando já em 2010. Sérgio Soares não conseguiu repetir na Ponte Preta e no São Caetano o sucesso do ano passado, ficando apenas três meses em cada clube.
“A campanha no Santo André foi irrepreensível. Cheguei na terceira rodada, sem nenhum ponto. Fizemos um planejamento rodada a rodada e conseguimos o objetivo”, recordou. “Na Ponte Preta, reformulamos um elenco e trabalhamos com alguns meninos e as oscilações são normais. Em função de alguns resultados, pedi pra sair.”
Quanto à sua passagem pelo São Caetano, não entrou em maiores detalhes, mas disse que pelo que viu, o Paraná é muito diferente do seu ex-clube. “É isso que me dá a confiança de que vamos obter êxito, com o acesso à Série A.”