O Atlético ainda não quer estabelecer prazos para concluir a Arena da Baixada. Porém, o clube já tem como meta uma data para entregar o estádio à torcida: julho de 2009, no aniversário de dez anos de inauguração da primeira etapa do novo Joaquim Américo.
O projeto do estádio rubro-negro foi apresentado oficialmente no último sábado. Mais do que a simples conclusão, com a construção da nova reta no terreno onde ficava o colégio Expoente, a diretoria do Furacão anunciou uma completa reformulação da parte já existente.
A exibição oficial das imagens e plantas da nova Arena acabou com uma longa espera da galera atleticana. Mas a expectativa para saber quando o estádio estará pronto continuou. ?Meu mandato acaba no final do ano. Estabelecer as datas é uma tarefa da próxima administração?, justificou o presidente do conselho gestor, João Augusto Fleury da Rocha.
| Divulgação |
 |
| A torcida terá muito conforto na nova casa atleticana. |
Porém, o motivo da cautela dos dirigentes vai além da sucessão no comando do clube, já que a permanência do grupo liderado por Mário Celso Petraglia é certa. O Atlético espera a confirmação do evento que é sua grande aposta para obter os recursos necessários para a obra: a Copa de 2014 no Brasil.
A escolha do país como sede do Mundial deve ser anunciada pela Fifa no dia 31 de outubro. É o passo decisivo para que o clube feche as novas parcerias que irão garantir o dinheiro para construir o estádio. Algumas delas já estariam engatilhadas, à espera apenas do sinal verde da entidade que comanda o futebol internacional.
Obsessão
Trazer a Copa do Mundo para Curitiba é uma obsessão dos dirigentes rubro-negros. Cada detalhe da nova Arena foi elaborado com o objetivo de cumprir as rigorosas exigências da Fifa. O resultado é um projeto que impressiona pela beleza, modernidade, funcionalidade e conforto. Um estádio num padrão completamente inédito para o futebol brasileiro.
Mas tanta sofisticação não vai sair barato. Pelo contrário. O valor estimado para as obras é de 30 milhões de dólares, cerca de R$ 55 milhões. ?Temos duas alternativas financeiras. A primeira é o popular prego, uma hipoteca junto a uma instituição financeira. Mas achamos que essa não é a forma mais inteligente. Não queremos atrelar o patrimônio do clube nem tirar dinheiro do futebol. Estamos em busca de parcerias de marketing?, revela Fleury.
Ou seja, o Atlético espera obter os recursos para a nova Arena através de fontes como o contrato fechado com a Kyocera. Para colocar seu nome no estádio, que foi rebatizado de Kyocera Arena, a multinacional japonesa paga 2 milhões de dólares (cerca de R$ 3,6 milhões) por ano ao Furacão, num contrato que termina no final do ano. Bem a tempo de firmar um novo acordo para erguer o estádio no prazo planejado pelos dirigentes. Como as obras devem durar cerca de 18 meses, as máquinas precisam começar a trabalhar em janeiro, para que tudo esteja pronto até julho de 2009.