Nômades de Barueri no futebol paranaense

Barueri fica a mais de 500 quilômetros distante de Apucarana e Arapongas, no interior do Paraná. Apesar da longa estrada pelo caminho, a cidade localizada na grande São Paulo tem uma história marcada por relações estreitas com os novos integrantes do Estadual 2011.

O Roma nasceu como time de empresários em Barueri, no ano 2000. Depois de conquistar o Brasil com o título da Copa São Paulo de Juniores 2001, a cidade paulista teve sua primeira perda pelo nomadismo futebolístico: o clube levou elenco e bagagem para o norte do Paraná, passando a jogar em Apucarana.

Agora habitando na capital do boné, com o sobrenome Esporte Apucarana, o Roma aproveitou para trocar o amarelo e azul do ex-time de Barueri pelo uniforme vermelho, branco e preto.

A intenção era a de buscar familiaridade com o antigo Dragão do Norte, que duas vezes foi campeão da 2ª divisão do Campeonato Paranaense e nos anos 80 revelou o meia Milton para o Coritiba e depois Seleção Brasileira.

A saída prematura do primeiro nômade da cidade paulista deixou entre os remanescentes o atual presidente do Arapongas, Adir Leme. “Eu fazia parte da direção do Roma na época. Mas, como decidiram vendê-lo, montamos o Grêmio Barueri”, disse, sobre o time que esse ano se desentendeu com a prefeitura da cidade e também saiu de lá, migrando para Presidente Prudente, no interior de São Paulo.

Com a migração do novo nômade para Prudente, Adir Leme, que assumiu o Arapongas em 2009, decidiu tomar a frente pela criação de um novo time em Barueri, evitando que a cidade se tornasse novamente órfã de futebol.

Adir Leme comprou o Campinas Futebol Clube, do ex-jogador Careca, e também o tornou um nômade do futebol. O nome do time foi trocado Sport Club Barueri e o cartola passou a ser presidente dos dois clubes, chegando a destacar anteriormente a possibilidade de abandono da equipe paranaense, caso o Arapongas não conseguisse o acesso para a elite do futebol estadual 2011.