Missão de Antônio Lopes é evitar o rebaixamento

Há quase dois anos, o técnico Antônio Lopes se despedia do Atlético, depois de um empate com o Figueirense na Arena, resultado que precipitou sua saída em 18 de agosto de 2007.

Naquela ocasião, o Delegado encerrou um ciclo pouco vitorioso. Em 16 jogos à frente do Furacão, 15 deles pelo Brasileirão e 1 pela Copa Sul-Americana. Lopes teve um aproveitamento ruim. Foram apenas 3 vitórias, 7 empates e 6 derrotas.

Hoje, 4 de agosto de 2009, o treinador reassume a função de comandante atleticano com uma missão bem definida. Livrar o time do rebaixamento e, quem sabe, beliscar uma vaga para a Sul-Americana 2010.

Lopes conhecerá seus novos atletas no CT do Caju e dirigirá seu 1.º treinamento. Logo após o almoço, a delegação embarca para Belo Horizonte onde enfrentará o perigoso Cruzeiro, na noite de amanhã (19h30), no Mineirão.

O time deverá ser praticamente o mesmo que venceu o Fluminense, em Londrina, pois o Delegado não terá tempo suficiente para efetuar mudanças principalmente na véspera de um jogo extremamente difícil. Apesar de ser uma boa equipe, a Raposa pena na parte baixa da classificação.

Balança 

O retorno de Antônio Lopes divide opiniões entre torcedores e cronistas. E isso se deve muito às passagens anteriores dele pelo clube. A última lembrança não é boa, conforme citado acima. Porém, em 2005, com um time mediano também, conseguiu levar o clube à maior conquista internacional até agora: vice-campeão da Libertadores.

Por esse contraste de rendimento, o Delegado está longe de ser unanimidade. Alguns acreditam que ele não seria o treinador adequado pois gostariam de ver no comando alguém mais jovem, com novos conceitos e metodologia de trabalho.

Outros apontam Lopes como o nome ideal devido ao momento conturbado pelo qual passa o Atlético. É um treinador de pulso firme, disciplinador e que gosta de trabalhar à exaustão.

Se a escolha da diretoria foi correta somente o tempo vai dizer. Segundo o diretor de futebol, Ocimar Bolicenho, o nome de Lopes foi o preferido dentre todos aqueles com mais tempo de Atlético. Lopes tem o perfil de vencedor e autoridade”, resumiu, relembrando em seguida as principais conquistas do treinador que realmente tem um currículo invejável.

Passado

Para aqueles que compartilham da idéia de que Antônio Lopes está ultrapassado e desatualizado, principalmente devido ao ano que passou sem trabalhar no futebol, ele mesmo dá o recado: “Estou bem informado. Vi uns 200 jogos neste Brasileiro, tenho pay-per-view na minha casa e assistia jogos das séries A e B. Também ia ver jogos no Maracanã. Assistir e acompanhar é dever de um profissional. Quando ele não está trabalhando, tem que estar acompanhando de perto e foi assim que eu fiz”, afirmou.

Quanto a supostas inovações nos treinamentos que, por ventura, Lopes desconheça, o experiente treinador terá ao seu lado a presença de seu filho Lopes Júnior e Leandro Niehues como auxiliares técnicos. Júnior foi auxiliar de Vanderlei Luxemburgo, recentemente no Santos.

Niehues estava dirigindo o Corinthians Paranaense na Série D do Brasileirão. Antônio Lopes já trabalhou com boa parte de seus novos comandados (Nei, Rhodolfo, Valencia, Claiton, Netinho, Alex Mineiro e Paulo Baier).