Meninas encaram o Japão na reta final da Copa do Mundo Feminina de Vôlei

Uma vitória rápida e até certo ponto tranqüila diante da Argentina, uma viagem e dois dias de folga que se encerram às 7h de hoje, quando o Brasil volta à quadra para enfrentar o Japão, na última fase da Copa do Mundo Feminina de Vôlei.

Osaka, Japão – Com sete vitórias e apenas uma derrota, o Brasil está atrás da China (única invicta da competição) e da Itália (atual campeã mundial), esta no saldo de sets.

A seleção brasileira inicia hoje a última etapa da competição contra o Japão. O Brasil enfrentará também na fase decisiva do torneio os Estados Unidos (amanhã) e Itália (sábado), principais adversários na luta pela vaga olímpica.

“Agora vem a parte mais difícil, mais complicada. Todos os nossos concorrentes diretos têm apenas uma derrota e os confrontos são diretos entre todos nós”, afirmou o técnico brasileiro José Roberto Guimarães, se referindo aos Estados Unidos e Itália.

Mas contra as norte-americanas, o Brasil terá um confronto de velhas amigas. Campeãs da Superliga na temporada 00/01 pelo Flamengo, Virna, Valeskinha e Arlene sabem que precisam tomar muito cuidado quando trocarem informações na hora do jogo com os Estados Unidos, na madrugada de amanhã – à 1h30 (de Brasília), penúltimo duelo da seleção brasileira na Copa do Mundo feminina de vôlei. É que do outro lado da quadra duas das três norte-americanas que defenderam clubes brasileiros entendem e falam muito bem o português: Tara Cross-Battle, campeã pelo Rubro-Negro carioca e pelo Rexona, ao lado de Walewska, Fernanda Venturini e Érika, e Danielle Scott, que atuou em várias temporadas no Brasil e é um peso pesado no bloqueio. A terceira é Tom, atual vice-campeã pelo MRV/Minas, com Fofão no levantamento.

Ou seja, todas se conhecem muito bem e sabem quais são os pontos fortes das adversárias. “A Tara é um exemplo. Ela passa muito bem, está aqui defendendo as cores do seu país e, mesmo não tendo condições de atuar durante toda a partida, entra nos momentos difíceis e transmite sua experiência ao time”, diz Érika.

Após ter jogado no Flamengo e, nas duas últimas temporadas, na Itália, Tara admite que gostaria de voltar às quadras brasileiras. “Mas só depois dos Jogos Olímpicos. Até lá, vou me dedicar à seleção norte-americana. Depois disso, queria jogar em um lugar que eu gostasse ou então vou ter um bebê”, conta.

Na ponta do ranking das melhores bloqueadoras, Danielle Scott tem média de 1.20 por set. “A Dani tem um bloqueio pesado, é muito alta, grande. Ela é extremamente eficiente nesse fundamento e entende tudo que dizemos na quadra”, comenta Virna.

Rexona abre Supercopa contra o Flu

Começa hoje, em Campos, no Rio de Janeiro, a Supercopa Feminina de Vôlei, última etapa de preparação para a Superliga Nacional de Vôlei feminina, temporada 2003/2004. ACF/Campos (RJ), Macaé Sports (RJ), Rexona-AdeS (PR) e Fluminense (RJ) são os quatro participantes da competição, que se encerra no domingo e será toda disputada no ginásio Municipal de Campos, no norte fluminense.

Em quadra, o Rexona-AdeS/Paraná estréia contra o Fluminense, às 18h30. O campeonato será o segundo torneio que o Rexona-AdeS disputa na temporada, o primeiro com a nova denominação. Em setembro a equipe conquistou o título paranaense.

“A Supercopa será importante para analisar como está fisicamente o grupo, para elas adquirirem ritmo e para o treinador Helio Griner fazer ajustes finais antes da estréia na Superliga”, disse o preparador físico Marco Antonio Jardim em referência ao início da Superliga Feminina de Vôlei programado para ao primeira semana de dezembro -, principal evento do esporte no calendário nacional.

Na opinião de Jardim, o grupo está bem física e tecnicamente mesmo desfalcado da levantadora Fofão e da atacante Sassá, que estão na seleção brasileira na Copa do Mundo do Japão. Ele lembra que essa competição será especialmente importante para Elisangela – cortada da seleção brasileira devido a uma tendinite no ombro direito.

“Na Supercopa dos Campeões poderemos sentir como está a Elisangela que se recuperou de problemas no ombro. Ela já está treinando forte”, completou. Elisangela está animada não apenas com a recuperação, mas também com o retorno ao time que a revelou. Esta será a reestréia da jogadora na equipe de Curitiba.

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