Mais uma vez ele fez a diferença em campo. Paulo Baier foi o principal responsável pela vitória do Atlético por 3 a 0 diante do Santo André, ontem à noite na Arena. O experiente atleta fez de tudo. Marcou um golaço de falta, deu assistências e cadenciou a partida no meio-campo, quando isso se fez necessário. Não é à toa que hoje Paulo Baier é o maior ídolo da torcida rubro-negra e quando foi substituído, no final 2.º tempo, saiu de campo ovacionado.
Com a vitória em casa, o Atlético manteve a 14.ª posição, mas agora com 39 pontos e caminha a passos largos para alcançar o principal objetivo da temporada: livrar-se definitivamente do risco de descenso. Com os pontos conquistados, ele abriu 10 do primeiro clube na ZR e cinco do maior rival, que será o adversário da próxima semana. Atletiba que promete muitas emoções, principalmente pela situação incômoda do Coritiba na tabela.
Jogo
Atlético e Santo André fizeram um jogo parelho, abusando da velocidade e das bolas invertidas para surpreender o adversário. O Atlético fazia constantes triangulações pelas laterais, mas não chegava com perigo ao gol de Neneca. Já o Ramalhão só incomodava nas cobranças de faltas de Marcelinho Carioca. O panorama mudou quando Baier começou seu show particular. E em dois minutos o camisa 10 resolveu, participando diretamente nos dois gols. Aos 27 cobrou falta com perfeição e, no minuto seguinte, deu belo passe para a jogada de Alex Sandro que resultou em bola na rede. Anteriormente, Baier já havia lançado Wallyson que desperdiçou ótima oportunidade de frente para o gol. “Treino para isso. Tive a felicidade de enganar o goleiro. Ele se adiantou e sabia disso. Vi nos vts (jogos do Santo André) que o Lopes passou pra gente”, afirmou o maestro sobre o primeiro gol da partida.
Com a vantagem, o Atlético jogou com inteligência no 2.º tempo e contou com a eficiência do sistema defensivo, que completou cinco jogos sem sofrer gols na Arena. O time aguentou a pressão inicial do Santo André e foi tentando encaixar contra-ataques. Aos 17 minutos, Marcinho, que havia acabado de entrar, foi agraciado. Wesley cruzou da direita, a zaga paulista falhou e Marcinho completou de cabeça, fechando o caixão do Santo André.
A jogada também premiou a visão do Delegado, que trocou Wallyson por Marcinho e mandou que Wesley jogasse pelo lado direito. A partir do terceiro gol, o jogo ficou na mão do Atlético que, se caprichasse um pouco mais nas finalizações, poderia ter goleado.
O Ramalhão buscou o gol de forma desordenada e, quando chegou para concluir, parou nas boas defesas de Galatto. Com a vitória assegurada o que se viu na Arena foi a festa das arquibancadas e cantorias provocativas contra o rival paranaense, o próximo adversário na tabela. A comemoração foi tão intensa que acabou prejudicando o andamento da partida. Aos 35 minutos, a fumaça dos sinalizadores cobriu todo o campo e impossibilitou que a bola rolasse. O juiz teve que interromper a partida por 3 minutos, mas nada que diminuísse a alegria da nação rubro-negra que esperava uma boa atuação em sua casa desde agosto, quando o Furacão venceu o Barueri pelos mesmos 3 a 0.