Ele é o homem-gol do Atlético e atravessa uma fase de extrema felicidade. Em cinco rodadas já balançou a rede adversária em quatro oportunidades – não marcou apenas no Atletiba – e é o atual artilheiro do campeonato estadual, ao lado de Max do Rio Branco e Ricardo, do Londrina. Esse é Rafael Moura, ou simplesmente He-Man.
Contratado no segundo semestre do ano passado para resolver o problema de gols do Furacão, o camisa 9 não tem decepcionado. No final do Brasileirão-2008 foi decisivo por várias vezes e neste ano começou com a corda toda.
Tanto que declarou que seus objetivos para este Campeonato Paranaense são o título e a artilharia. Nada mal para quem no ano passado estava esquecido na França.
Rafael não é daqueles atletas de que se pode esperar grandes jogadas, apesar de muitas vezes ele tentar enfeitá-las. Também está longe de ser uma unanimidade no elenco, tanto que às vezes tem atuações contestadas por parte da torcida e imprensa.
Porém tem se mostrado muito eficaz no quesito gol. E a média de He-Man é poderosa. Em 20 jogos deixou sua marca por 13 vezes, ou 0,65 gol por partida. (confira quadro)
A limitação técnica é compensada com esforço e dedicação nos treinamentos e jogos. “Por ser atacante estou a todo momento em busca do gol e sempre dentro da área para quando a bola sobrar, concluir. Tem que ter tranqüilidade, mas o treinamento é importantíssimo. Sou um dos últimos a sair do campo todos os dias”, conta o artilheiro.
Sorte e uma forcinha lá de cima também são ingredientes para a boa fase de Rafael nos gramados. Fase que ele espera e trabalha para que não acabe ou passe tão cedo.
“Tenho sido iluminado pelo Papai do Céu, porque a cada partida você fazer um gol é uma média boa. Nem sempre vou conseguir. Não é que eu seja pessimista, mas sou vivido no futebol. Manter essa regularidade você consegue, mas às vezes tem a fase ruim que todo jogador fala. Eu procuro evitar essa fase, treinando e pedindo bênçãos”, explica.
A Arena também tem sido um local abençoado para He-Man. Dos 13 gols convertidos até agora, nove foram feitos na presença do torcedor rubro-negro. A tendência é que Rafael cresça de rendimento quando for definido quem será o parceiro dele no ataque do Furacão.
Quanto maior o entrosamento, mais chances de finalização. Sobre uma preferência na formação da dupla ofensiva, o camisa 9 tem a dele, mas não a externa. Prefere deixar a escolha com o treinador e, humildemente, diz que está titular, mas não é absoluto devido à boa concorrência no setor.
“Levo alguma vantagem em relação aos outros porque estou desde o ano passado (…) Acho que o Atlético ficou forte porque tem reposição em todas as partes. Isso é bom porque os jogadores entram em campo sabendo que caso façam uma partida ruim serão substituídos e podem não voltar mais à equipe. Quem tem a ganhar (com essa concorrência) é o Atlético”, finaliza.
