Nieto foi o jogador mais importante na vitória do Atlético por 2×0 sobre o Internacional ontem, mas a partida teve outra dupla com tanto destaque quanto o argentino. Os meias Paulo Baier e Marcinho mudaram a cara do Furacão no segundo tempo. Pela primeira vez atuando juntos neste Brasileirão, eles mostraram entrosamento que em 2009 foi possível ver, antes de Marcinho ser emprestado para o Al-Ahali, da Arábia Saudita. O meia retornou na metade deste ano, mas entre a lesões de Baier e as suas, o encontro foi sendo postergado.
A parceria não só agradou aos torcedores, mas também a eles mesmos. O capitão enalteceu que ter o colega novamente ao seu lado foi essencial para a mudança de postura do Atlético dentro de campo. Marcinho substituiu Paulinho no intervalo e foi autor do passe certeiro para Nieto abrir o placar. “Com o Marcinho entrando as coisas ficam fáceis”, elogiou Baier. Mas o capitão também fez questão de lembrar de outra pessoa do grupo que o ajudou a voltar aos gramados, depois de mais de dois meses parado.
“Agradeço ao Riva que chegou aqui e eu comecei a render”, reconheceu o capitão, referindo-se ao preparador físico que retornou ao clube junto com Antônio Lopes.
Marcinho foi ainda mais detalhista ao falar do companheiro de meio de campo, que chegou a recuar um pouco para que ele subisse mais ao ataque.
“Posso dizer que tenho um jogador que me completa, que se chama Paulo Baier. Temos a facilidade de enxergar um ao outro e quando a gente joga junto, as coisas acontecem. E hoje [ontem] não foi diferente. É o “velhinho” cada dia mais me ajudando”, brincou Marcinho.
Se Baier é o mais velho do grupo, prestes a fazer 37 anos, Marcinho também é um dos mas experientes, hoje com 30 anos. E a experiência foi um dos pontos que ajudou o time a ter tranquilidade para criar as oportunidades que Nieto converteu em gols.
“Foi um jogo truncado no primeiro tempo, o Inter pressionou, mas no segundo conseguimos colocar a bola no chão, ter tranquilidade de trabalhar mais ela, proporcionando ao Nieto se posicionar melhor, correr menos e isso foi importante”, disse Marcinho.