A marca de mil gols no Brasileirão vem em um momento inusitado para o Atlético. O time da Baixada tem o segundo pior ataque do campeonato, com 33 gols em 33 jogos. Muito pouco para quem se acostumou com grandes goleadores.
Kléber, Alex Mineiro e Washington são apenas alguns exemplos de atacantes que fizeram história com a camisa rubro-negra. Hoje, eles continuam balançando as redes e dominando a artilharia, mas defendendo adversários do Furacão.
Para o maior de todos os goleadores da Baixada, a alta rotatividade de jogadores está prejudicando o time este ano. Barcímio Sicupira marcou 154 gols pelo Atlético, 21 deles no Brasileirão, que disputou em 1973, 74 e 75.
Na torcida para que o Furacão fuja do rebaixamento, o antigo craque da camisa oito espera que a artilharia rubro-negra desencante na reta final. E lança o desafio: quem fará o gol histórico?
Paraná-Online – Qual a importância dessa marca, que apenas 13 clubes atingiram até agora?
Sicupira – É muito importante. Se você dividir pelo número de campeonatos, é uma marca significativa.Com certeza tem que se esforçar e tentar conseguir isso no próximo jogo já. Mas não será fácil, até porque a fase não é das melhores.
Paraná-Online – Como você avalia o desempenho dos atacantes rubro-negros este ano?
Sicupira – O artilheiro do time é o Alan Bahia, que é volante (6 gols). Quer dizer, os atacantes do Atlético não fizeram bonito este ano. Justamente num clube que já teve os dois principais artilheiros do campeonato, com Kléber e Alex Mineiro. Ah que saudades, hein! O que está dificultando é a rotatividade muito grande de jogadores. O time já usou quase uma centena de jogadores este ano.
Paraná-Online – Em quem você aposta como autor do milésimo gol?
Sicupira – Tomara que seja um atacante. O Pedro Oldoni ou o Rafael Moura. Isso marca a carreira da pessoa e cria uma identidade com o clube. Mas já está lançado o desafio.
Paraná-Online – O time tem forças para fugir do rebaixamento?
Sicupira – Essas três últimas partidas foram muitos importantes. O Atlético mudou sua atitude. No elenco existe camaradagem. Antes os caras brigavam em campo. Isso é obra do Geninho, que é um cara puro, honesto, bem humorado. Se o time escapar, pode fazer uma estátua para ele, porque a situação está feia. Se o Atlético não ganhar oito pontos dos quinze que disputará, vai para o vinagre. Mas tem força para conseguir.