Mãe de Oscar reclama do São Paulo e acusa diretor

Dona Suely, mãe do jovem meia-atacante Oscar, que conseguiu a sua liberação do São Paulo na Justiça, quebrou o silêncio nesta segunda-feira. À Agência Estado, por telefone, ela contou que decidiu pelo litígio porque o clube tricolor não soube valorizar o jogador e que não teme pelo futuro de seu filho.

“Esperei muito do São Paulo. Eles prometeram muitas coisas e não cumpriram. O empresário dele (Giuliano Bertolucci) tentou conversar, mas eles não deram atenção”, afirmou Dona Suely.

A maior reclamação é em relação ao contrato. Segundo a mãe de Oscar, o acordo era benéfico apenas para o São Paulo. Além disso, o clube prometeu um reajuste salarial que não veio. “A gente não queria milhões. Só queríamos um salário justo”, explicou Dona Suely, revelando ainda que o filho de 18 anos ganha R$ 6 mil por mês.

Ela não teme o futuro incerto de Oscar. “Não vai atrapalhar porque não estamos fazendo nada de errado. A gente só está querendo o justo. Pergunta para eles, do São Paulo, se deram alguma porcentagem dos direitos para o meu filho? Se deram o aumento que prometeram?”, questionou.

A mãe do meia-atacante contou que foi coagida pelo gerente da base, Geraldo de Almeida, a emancipar o garoto e, assim, assinar um contrato de cinco anos. A Fifa, porém, só permite três anos para atletas menores de 18 anos. “Quando ele me ligou, já estava no cartório aqui em Americana e fiquei com medo porque o Oscar era uma criança. Mas me fez assinar ao falar que ele não jogaria mais no São Paulo.”

Suely comentou nesta segunda ainda que o filho, em lua de mel em Natal, reclamou de um recado deixado pelo superintendente de futebol, Marco Aurélio Cunha, em seu celular. Sobre o futuro, a mãe falou muito pouco. O destino seria o Corinthians. Oscar já avisou que não jogará mais pelo São Paulo.

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