Lucélia Peres garante título pro Brasil na Volta da Pampulha

O Brasil garantiu o topo do pódio feminino da VI Volta Internacional da Pampulha, realizada ontem, em Belo Horizonte. Após dois quintos lugares, em 2002 e 2003, a mineira Lucélia Peres, de 23 anos, chegou ao título ao completar os 17.850 metros em torno da Lagoa da Pampulha, com o tempo de 1h03min14seg, enquanto a queniana Peninah Limokori ficou com o vice, em 1h04min24seg, e Terezia Kipchumba foi a terceira, 1h04min32seg. No masculino, o título ficou com o queniano Lawrence Kiprotich, com o tempo de 53min53seg, seguido de seu compatriota Solomom Naibei, 53min57seg. O brasiliense Clodoaldo da Silva foi o melhor atleta nacional na prova, terminando na terceira posição, com o tempo de 54min14seg. Pela vitória, os campeões receberam R$ 5 mil cada.

"Eu não estava entre as favoritas, mas esperava um bom resultado. Consegui imprimir um ritmo forte desde o início e pude vencer", explicou a campeã, que tem no currículo os títulos do Troféu Brasil e do Brasileiro, ambos nos 10 mil metros. "Eu fiz uma preparação forte, pensando nesta prova e na São Silvestre. Felizmente, o primeiro resultado foi pra lá de positivo", completou a atleta, natural de Paracatu.

O ritmo de Lucélia realmente surpreendeu. Afinal, ela assumiu a ponta no quinto quilômetro e manteve a diferença com relação às quenianas o tempo todo. Mesmo diminuindo um pouco o ritmo no final, ela acabou vencendo com boa diferença. No final, em razão do esforço, precisou ser atendida pelos médicos. "Foi apenas do esforço, nada mais", finalizou. Outras favoritas não tiveram a mesma sorte: Ednalva Laureano terminou em sétimo, enquanto Maria Zeferina Baldaia, campeã de 2001, terminou em décimo.

Traqüilidade

Apesar do forte calor que chegou a derrubar até mesmo os quenianos, o campeão Lawrence disse que não teve problemas na corrida. "Gostei muito da prova. O percurso é fácil e eu consegui impor meu ritmo no momento necessário. Estou bastante feliz por ter participado e espero voltar no ano que vem", declarou o atleta. Com a vitória na Pampulha, somada a outras três conquistas obtidas no Brasil, Lawrence se credencia como um dos favoritos para a São Silvestre. "Vamos ver. Sei que é uma prova dura, mas vou tentar fazer o melhor", finalizou.

O brasileiro Clodoaldo da Silva dedicou o terceiro lugar ao pai, falecido há três anos. "Ele sempre me incentivou e só pensava nele nesta prova. Mesmo com o cansaço e o calor, segui correndo porque não parei de pensar nele", declarou o atleta, de 28 anos. Ainda se recuperando de uma contusão no pé direito, que o afastou seis meses das provas, ele considerou o resultado excelente. "Esperava terminar entre os dez, mas nunca em terceiro", declarou.

O campeão de 2003, Franck Caldeira, acompanhou os quenianos por um bom tempo, mas acabou desistindo no final. "Não estava bem concentrado e preferi terminar no pódio que acabar saindo da prova. Acho que não consegui repetir a garra do ano passado", disse.

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