Lotus terá Bruno Senna ao volante em 2011

O calvário de Bruno Senna na Hispania termina no próximo dia 14, com o encerramento da temporada 2010 da Fórmula 1. O brasileiro já acertou com a Lotus e deve reeditar a partir do ano que vem uma parceria que nos anos 80 foi muito bem-sucedida com seu tio, a equipe do mesmo nome e a Renault como fornecedora de motores.

Os tempos, claro, são outros. A Lotus de um quarto de século atrás era ainda um time grande, fazia poles, vencia corridas e disputava títulos. E o piloto, Ayrton, acabaria se tornando tricampeão mundial pela McLaren. Quando saiu da Lotus, foi substituído por Nelson Piquet.

Bruno está longe de ser um Ayrton, mas uma certa nostalgia virá à tona quando ele se sentar pela primeira vez no carro da nova Lotus, agora sob gestão de um empresário malaio, Tony Fernandes, dono de companhia aérea. A equipe “reestreou” na categoria neste ano, 16 temporadas depois de sua última participação no Mundial.

O time não é lá grande coisa, mas firmou-se como o melhor entre as nanicas de 2010. Tem pretensões e alguma estrutura, tanto que fechou um acordo técnico com a Red Bull e terá em 2011 os mesmos motores franceses que empurram os carros de Webber e Vettel, além do câmbio e de todo o sistema hidráulico.

Já rescindiu o contrato que tinha com a Cosworth e é candidata a um lugarzinho no terceiro pelotão da categoria, ao lado de Toro Rosso, Sauber, Williams e Force India.

A temporada de Senna tem sido um desastre, mas ele é o menor dos culpados, assim como os outros pilotos que guiaram para a Hispania neste ano -Karun Chandhok, Sakon Yamamoto e Christian Klien.

O carro é horrível, a equipe não tem um centavo para gastar em desenvolvimento e há quem duvide de sua sobrevivência para o ano que vem. Ficar no mesmo endereço estava fora de questão para o primeiro-sobrinho, que não tem muito tempo a perder se quiser chegar a algum lugar de destaque na categoria.

Bruno declarou nesta semana que estava conversando com quatro times, a saber: Renault, Virgin, Williams e Lotus. A primeira, no entanto, era sonho de uma noite de verão.

A Virgin seria como trocar seis por meia-dúzia. A Williams terá Pastor Maldonado, com dinheiro venezuelano, e deve renovar com Barrichello em breve. Sobrou a Lotus. O anúncio oficial da mudança de equipe deve ser feito assim que terminar o Mundial.

Red Bull domina treinos livres e Vettel é favorito pra pole-position

Se tudo correr dentro do que se chama de “padrões de normalidade”, a Red Bull faz uma dobradinha amanhã no GP do Brasil. Dobradinha que pode começar hoje com a primeira fila do grid da penúltima etapa do Mundial, em Interlagos.

A equipe anglo-austríaca dominou amplamente os treinos livres ontem, com sol e calor em São Paulo. E tudo indica que continuarão massacrando a concorrência até o final do evento.

Mas…

Mas é a Red Bull, que já poderia ter conquistado o título por antecipação, tamanha a superioridade de seus carros em relação aos demais. E não só não conquistou, como chegou a Interlagos tendo de engolir o ferrarista Fernando Alonso na liderança da tabela de pontos.

Graças aos erros do time, à divisão interna que opõe partidários de Vettel e Webber e a algumas quebras quase trágicas, como a do alemão na última corrida, na Coreia.

É é justamente um repeteco do que aconteceu em Yeongam que a Red Bull quer evitar em Interlagos. Lá, Webber bateu no início e Sebastian estourou o motor quando liderava, a menos de dez voltas do final. Depois de dominar todos os treinos, liderar a corrida e ficar perto de mais uma vitória, a equipe saiu da prova asiática com zero ponto.

Vettel foi o mais rápido ontem nos dois treinos livres, sempre escoltado por Webber. Na segunda sessão, Alonso se aproximou um pouco e ficou em terceiro. Mas a distância, no cronômetro, foi considerável: 0s360 do alemão para o espanhol. Numa pista curta como a de Interlagos, é bastante.

Na briga doméstica dos rubrotaurinos, Webber, em tese, teria alguma preferência. Afinal, está 11 pontos atrás de Alonso, enquanto Sebastian aparece com uma desvantagem de 25 pontos.

Mas ele não quer nem saber. Disse que vai lutar para ganhar e não falou em ajudar o companheiro, que por sua vez já declarou, alto e bom som, que a equipe torce por seu companheiro.

O clima nos boxes da Red Bull não é dos mais amistosos, mas pelo menos por enquanto, no Brasil, não afetou o desempenho dos dois pilotos. A disputa pela pole hoje será um capítulo importante nessa briga. Só que pode chover. E essa é a grande esperança de Alonso. O treino que define o grid está marcado para as 14h. (FG)

Renovação

Rubens Barrichello está confirmado na Williams na próxima na temporada. O contrato é de um ano com opção de mais uma temporada. Ou seja, é válido para 2011 e dependendo do desempenho tanto do piloto, quanto da equipe, pode ser prolongado até 2012. A Williams optou por renovar com Barrichello por conta do bom trabalho dele no desenvolvimento dos motores Cosworth e do chassis nesta temporada.

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