Hora de abrir o olho

Longe das vitórias, Atlético precisa se espertar com a ZR

O Atlético já esteve a uma vitória da vice-liderança do Brasileirão. Manteve uma campanha regular durante boa parte do primeiro turno, mas caiu de produção e a sequência de resultados negativos começa a preocupar o torcedor. Antes da Copa o Furacão era o 12º colocado em nove partidas disputadas. No pós Mundial o time soma 12 pontos e é o 14º na classificação do Brasileirão e na última rodada foi ultrapassado pelo rival Coritiba no aproveitamento de pontos nos últimos 11 jogos (Coxa é o 12º com 13 pontos). Na classificação normal, o Atlético é o 13º com 25 pontos, enquanto o Alviverde é o 17º com 20.

Durante a Copa do Mundo o time pôde se desenvolver, pois teve tempo para isso. O problema é que o técnico daquela época era Doriva, demitido há cerca de duas semanas. Claudinei Oliveira terá que reorganizar o time mentalmente e taticamente. A pressão pela falta de resultados (três empates e três derrotas) é muito grande e fez com que o treinador apressasse a previsão do tempo necessário para a maturação da “geração Claudinei”.

Hoje o Atlético, que chegou a abrir 12 pontos do Coritiba (time que abre a zona do rebaixamento), está a apenas cinco do rival. São números preocupantes e seria irresponsável minimizar a importância das dificuldades que estão por vir. Analisando os próximos oito jogos, o Atlético enfrenta na sequência: Vitória (casa), Cruzeiro (fora), Internacional (c), Chapecoense (f), Corinthians (c), Coritiba (f), São Paulo (f) e Figueirense (c).

Usando o critério “pós Copa”, quatro desses adversários estão entre os cinco melhores da competição (Cruzeiro, Inter, São Paulo e Figueirense). Os demais também preocupam, afinal o Corinthians tem uma folha salarial bem maior que a do Furacão, o Coritiba é imprevisível por ser clássico, a Chapecoense é forte em casa e o Vitória, que é o lanterna, venceu o Inter na última rodada e precisa de resultados para não ser rebaixado.

Opinião

Decidimos ouvir os editores da equipe do Paraná Online sobre a situação do Furacão. Segundo Rodrigo Sell, embora os números preocupem, o Atlético já provou que pode se recuperar. “O Atlético tem estrutura, elenco e comissão técnica para fazer uma campanha tranquila no Brasileiro. Assim como foi precipitado pensar em Libertadores, quando conseguiu uma sequência de bons resultados, agora não é o momento de achar que tudo está perdido”, comentou.

O editor Ricardo Brejinski acredita que não há motivos para desespero, afinal o time atleticano é competente o suficiente para se manter no meio da tabela. “O Brasileirão está nivelado por baixo e tem muitos times mais fracos que o Atlético que certamente vão ser os concorrentes diretos contra a degola. Pelo menos uns seis clubes”, disse. Mas é preciso ter cuidado. “O que levanta toda a preocupação e insegurança, principalmente no torcedor, é a queda brusca e a sequência sem vitórias”.

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