Livro de Josias Lacour relembra o rádio esportivo

O radialista e jornalista Josias Lacour aproveitou essa data histórica e escreveu o livro “80 anos de gol, a história do rádio esportivo no Paraná” (foto), que terá lançamento no dia 30 deste mês, no Palacete dos Leões. “O projeto surgiu há dois anos. Comecei a pesquisar com autores, bibliotecas, notícias de jornais antigos e escrevi esse livro de mais de 350 páginas que relata esse feito histórico no Paraná”, conta.

Após anos de evolução, com a TV se integrando e passando a ser a mídia dominante, a transmissão de futebol no rádio mudou. Um ponto muito questionado nos dias atuais se deve às rádios que realizam a transmissão de partidas sem estar no local, conhecido como “tubo”. Na maioria das vezes, apenas o repórter é enviado ao palco do jogo, enquanto no narrador assiste e narra acompanhando pela televisão – o que pode prejudicar caso caia o sinal da TV.

“Isso se fazia também no passado por não ter linha suficiente. Era sorteado. Mas existem várias histórias reais de profissionais que fizeram narrações sem estar nos locais e que, depois, viram que o fato era outro do que foi passado na hora. Por isso, sou a favor de fazer transmissão in loco sempre”, diz Lacour.

Já para Carneiro Neto, colunista da Gazeta do Povo e um dos mais importantes narradores da história do rádio curitibano, esse tipo de atuação é normal e econômica. “A primeira vez que vi esse formato foi na Copa do Mundo da Espanha, em 1982. É uma prática. A televisão acaba facilitando e economizando, o que fica viável para as rádios que não tem tanto suporte financeiro. Acredito que seja bom até pela falta de espaço adequado dos estádios”, acredita, citando a Vila Capanema e Couto Pereira com estruturas deficitárias para a imprensa.

Outra questão relembrada pelo radialista é pela cobrança pela transmissão esportiva. O presidente do Atlético, Mário Celso Petraglia, já sinalizou para uma possível cobrança em futuro próximo. “Com certeza (é uma tendência). Se começarem a cobrar, e acho que vão, pois o metro quadrado destas novas arenas é caro e é preciso viabilizá-las. As rádios que não se estruturarem vão acabar sumindo e perder espaço mesmo”, aposta Carneiro Neto.

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