Livre, Fernando renova com o Cori

Finalmente. O goleiro Fernando chega amanhã a Curitiba com seu passe na mão, e assina ainda nesta semana um contrato com o Coritiba, mantendo-se como titular alviverde na temporada 2003. Foi o desfecho feliz de uma complicada negociação, que envolveu inclusive a política interna do Grêmio, que detém seus direitos esportivos até o dia 31 de janeiro.

E é justamente a liberação desses direitos que fazem Fernando ficar “livre”. Ao final de seu contrato isso já aconteceria, mas o desejo dele era agilizar uma situação, para que ele pudesse desde agora trabalhar no Coritiba – e sem preocupações, pois se o contrato fosse mantido ele teria que ficar um mês em Porto Alegre apenas para deixar o tempo correr. Nisso ele perderia toda a preparação e as partidas que acontecerem em janeiro.

Fernando chegou a Porto Alegre no início das férias do Coritiba com um único intuito: acertar de vez sua vida com o Grêmio. Desgostoso com os dirigentes do time gaúcho, o goleiro coxa teve que negociar justamente com aquele que o dispensou – o diretor-executivo Denis Abrahão, que à época pensava que Fernando era um atacante.

Sabendo que nunca iria jogar no Grêmio (onde Danrlei já se tornou uma lenda), Fernando nem quis saber da proposta feita por Abrahão, no final da semana retrasada. “Para completar, era uma oferta financeiramente inferior à do Coritiba”, garante o secretário coxa Domingos Moro, que conversava diariamente com o goleiro.

O pensamento do jogador era conversar diretamente com o presidente José Alberto Guerreiro, mas como o Grêmio ainda estava envolvido com os jogos do mata-mata do campeonato brasileiro isso era impossível. Assim, Fernando teve que esperar a eliminação tricolor para o Santos para aí então conversar com Guerreiro.

Chegamos à sexta, com o Grêmio devidamente fora do brasileiro. O goleiro esperava que isso fosse o final da história, mas ele acabou tomando um susto. Na hora em que se preparava para encontrar o presidente gremista, Guerreiro convocava uma entrevista para anunciar que não seria candidato à reeleição. Como ele fora praticamente aclamado no Estádio Olímpico quarta-feira, e a oposição se retirara da disputa, a atitude espetacular de Guerreiro sacudiu o clube.

Fernando pensou que ficaria na mão mais uma vez, e que talvez tivesse que encarar um “exílio” porto-alegrense em janeiro. Mas aconteceu o contrário, para alegria dele, da diretoria coxa e da torcida, que o transformou em ídolo depois de uma ótima participação no brasileiro. Guerreiro aceitou conversar com Fernando e acertou a liberação antecipada. “É uma vitória desse garoto, e uma grande notícia para a torcida do Coritiba”, festeja Domingos Moro.

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