Libertad é o melhor time do país vizinho no momento

Ele pode não ter a fama de São Paulo ou Flamengo, os outros possíveis adversários do Paraná Clube, mas certamente será uma pedreira. O centenário Club Libertad desafia o Tricolor nas oitavas-de-final da Libertadores embalado pela grande campanha de 2006 e em busca da afirmação como melhor time paraguaio do momento.

Fundado em 1905, o Libertad vive a melhor fase da história, contabilizando três títulos nacionais desde 2002 e cinco participações consecutivas na Libertadores. Na última, só foi eliminado nas semifinais pelo Internacional, depois de despachar o River Plate. Atualmente, é vice-líder do ?Torneo Apertura? do Campeonato Paraguaio, com 19 pontos (dois a menos que o Cerro Porteño) – sem contar o jogo marcado para ontem à noite, diante do Tacuary, último antes do duelo com o Tricolor na Vila Capanema.

Os torcedores, chamados de ?gumaleros?, não costumam encher os estádios por onde a equipe joga. Mas o Libertad conta com um ?hincha? de peso: o presidente da Confederação Sul-Americana de Futebol, Nicolás Leoz, que até emprestou o nome ao estádio da equipe. Mas, por restrição de capacidade, o time manda os jogos da Libertadores no Defensores del Chaco, maior estádio do Paraguai.

No elenco, o Libertad, que enfrentou (e perdeu) duas vezes para o Atlético-PR na Libertadores de 2005, tem um jogador bastante conhecido da torcida curitibana – o lateral colombiano Vladimir Marín, que defendeu o rubro-negro paranaense em 2004. Foi dele o gol da vitória sobre o Banfield, na Argentina, que garantiu a classificação dos gumaleros às oitavas-de-final.

Outra figurinha carimbada é Francisco Arce, ex-lateral de Grêmio e Palmeiras, hoje auxiliar do técnico uruguaio Sérgio Markarian.

História

O Libertad viveu dois grandes momentos na Libertadores. Em 1977, ficou em primeiro no grupo que tinha os conterrâneos do Olimpia e os chilenos Everton e Universidad de Chile, avançando às semifinais, então disputadas por seis clubes. Mas na etapa decisiva não resistiu e acabou em último na chave que tinha Boca Juniors e Deportivo Cali (Colômbia).

Feito ainda maior foi obtido no ano passado. Depois de ganhar o grupo que dividia com River Plate, El Nacional (Equador) e Paulista de Jundiaí, os gumaleros eliminaram Tigres (México) nas oitavas e o mesmo River nas quartas (2 x 2 em Buenos Aires e 3 x 1 em Assunção). Nas semifinais, endureceram para o futuro campeão Internacional, mas caíram após 0 x 0 no Defensores del Chaco e uma derrota por 2 x 0 no Beira-Rio.

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