São Paulo – Palmeiras e Santos disputam amanLeão vai reencontrar rival Luxa no clássico de amanhãhã, na Vila Belmiro, um jogo decisivo no Campeonato Paulista. Mas a atenção estará monopolizada nos treinadores Emerson Leão e Vanderlei Luxemburgo, que nas últimas semanas deram mais uma mostra da grande rivalidade entre eles. Leão não afirma publicamente, mas credita sua saída do Santos, em 2004, a Luxemburgo e não perdoa o desafeto.
Os dois vão ter de ficar lado a lado no gramado para orientar suas equipes. Um tormento para quem não consegue dividir espaços. Leão, segundo fontes de uma rádio paulista, não teria aceitado fazer parte da equipe de comentaristas da emissora durante a Copa do Mundo por causa da posterior contratação de Luxemburgo.
A emissora chegou a gravar uma vinheta de 40 segundos colocando o técnico do Palmeiras como um dos grandes destaques. ?Negociei, mas não chegamos a um acordo?, afirmou Leão. ?Vou pegar 15 dias do período da Copa para viajar com minha mulher para o exterior.?
Lados opostos
Outro fato que demonstra a total animosidade de dois dos melhores treinadores do País ocorreu no início deste ano, durante a entrega do Troféu Gazeta Esportiva, promovido pela TV Gazeta para premiar os melhores profissionais do futebol de 2005, Luxemburgo e Leão chegaram praticamente juntos ao prédio da Fundação Cásper Líbero. A produção da emissora precisou trabalhar rápido para que os dois não se avistassem e o programa corresse o risco de perder uma de suas atrações.
Enquanto Leão ficou no lado direito do auditório, ao lado de Carlos Alberto Parreira e Luiz Felipe Scolari, Luxemburgo se posicionou no lado oposto.
Na véspera do clássico, os dois treinadores preferiram não polemizar. ?Cada um defende seu lado. O meu é do Palmeiras. Sou ético e só vou falar da minha equipe?, disse Leão, que foi taxativo ao ser perguntado se cumprimentaria o desafeto antes do jogo. ?Não.?
O técnico do Santos ficou na defensiva sobre a declaração. ?Não tenho de entrar no mérito e falar alguma coisa em cima.?
Leão tentou tirar a importância do trabalho dos treinadores. ?Somos coadjuvantes. Os jogadores têm 90% do poder de decidir as partidas. Nós, técnicos, tentamos ajudar e, às vezes, atrapalhamos.? O técnico também aproveitou para reclamar do fato de o Palmeiras não disputar nenhum clássico do Paulista no seu campo. ?Se o São Paulo joga no Morumbi, o Santos na Vila e o Corinthians considera sua casa o Pacaembu, por que o Palmeiras não pode jogar no Palestra Itália??