Kassab evita festejar abertura da Copa antes da hora

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), evitou nesta segunda-feira comemorar antecipadamente o anúncio de que a abertura da Copa de 2014 será realizada em São Paulo. “Temos uma expectativa bastante positiva, mas seria uma desconsideração

com as outras cidades (que disputam a abertura do evento), até porque não tem o anúncio oficial. Mas estamos muito otimistas”, afirmou, após participar de uma palestra sobre reforma constitucional promovida pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP).

A partir desta segunda-feira e ao longo desta semana, a Fifa se reúne para definir os detalhes da abertura da Copa e da Copa das Confederações, em 2013. A expectativa é de que a Fifa confirme São Paulo como sede da abertura.

O prefeito negou que o futuro estádio do Corinthians tenha privilégios na concessão de benefícios em relação a outros estádios em reforma na cidade, como o Palestra Itália. O Palmeiras terá de cumprir uma série de exigências para minimizar o impacto de seu estádio em Perdizes, enquanto as obras do estádio do Corinthians, em Itaquera, não estão vinculadas a melhorias viárias na região a serem feitas pelo clube.

“Em relação ao Palmeiras, é uma situação distinta. É um estádio novo, com movimento maior e, portanto, para que ele possa funcionar existe um conjunto de diretrizes para o Palmeiras. A verdade é que são situações distintas”, afirmou.

Segundo o prefeito, o Corinthians “teve sorte com a Copa do Mundo” porque, no local, já havia projetos em andamento que independeriam da realização da Copa. “Toda a infraestrutura está pronta em termos de projeto, de obras, ou em decisão de fazer

(obras).”

Kassab disse ainda que existe um grande volume de investimentos na região de Itaquera que vai continuar acontecendo, independente do jogo de abertura ou da construção do estádio.

O prefeito afirmou que São Paulo continua à disposição da Fifa para sediar também o centro de imprensa da Copa, caso ocorra “algum problema” em relação ao Rio de Janeiro, anunciado pela Fifa, em maio, como base principal dos jornalistas durante o Mundial. “A cidade de São Paulo tem deixado claro que está à disposição caso aconteça algum problema, e a cidade do Rio de Janeiro sabe que pode contar conosco.”