Kaká revela desejo de ser capitão canarinho

Dortmund – Parreira apostava em Robinho para desarmar a defesa de Gana e garantir sucesso nos contra-ataques. Mas, sem o atacante, quem ficará com a responsabilidade de dar velocidade ao time é Kaká.

Responsabilidade da qual o meia nunca fugiu. Pelo contrário. O craque do Milan vive, aos 24 anos, o auge da carreira, demonstra confiança como em nenhum outro momento e já se tornou o líder da seleção em campo.

Kaká deu ontem, durante entrevista coletiva, declarações não muito comuns para um jogador de futebol. Declarações, no entanto, que mostram seu nível de maturidade. Disse estar preparado para ser capitão da seleção, um de seus objetivos num futuro próximo. ?É um sonho poder levantar a taça um dia, como fez o Cafu em 2002?, comentou. ?É preciso ter a confiança do grupo, quem sabe um pouco mais para a frente isso possa acontecer para mim.?

Na Alemanha, dificilmente o meia vai receber a tarja de capitão. O time, afinal, tem vários jogadores experientes. Cafu terá a honra de ser o representante da equipe até o fim da competição.

A não ser que seja suspenso ou sofra contusão. Mas ainda há outros na frente de Kaká, como Dida, Ronaldo e Emerson.

Liderança

De qualquer maneira, apesar da juventude, o ex-são-paulino já é um líder em campo. Comanda os companheiros nos 90 minutos, segura o jogo na hora do sufoco e puxa os contra-ataques no momento de pressionar o adversário.

Pelé afirmou que Kaká foi o destaque brasileiro na primeira fase ao lado de Lúcio e Zé Roberto.

Não exagerou. Foi o único do quarteto mágico que demonstrou regularidade e fez bom papel nos três jogos, contra Croácia, Austrália e Japão. ?Acho que tenho feito boa Copa, exercido bem minha função, criado oportunidades, chutado a gol?, avaliou o craque do Milan.

Voltar ao topo