Rio – O diretor-técnico Júnior partiu para o ataque contra o meia Ígor na tarde de ontem. O dirigente acusou o ex-jogador do Flamengo – que entrou na justiça contra o clube alegando não-pagamento de salários e outros direitos trabalhistas – de ter caráter duvidoso.
“Há dez dias, o Igor recebeu metade do salário e veio me pedir mais R$ 10 mil para resolver um problema sério. Mesmo nas nossas condições financeiras, repassei o problema ao José Maria Sobrinho, que lhe pagou em dinheiro. Ele recebeu essa quantia e pagou ao advogado para entrar na justiça contra o Flamengo. Isso é atitude de quem tem caráter duvidoso”, disparou.
Dizendo-se decepcionado, Júnior contou outra história sobre a passagem do meia no clube: “Fiquei sabendo que no ano passado ele inventou que estava com HIV positivo. O Flamengo fez o exame, deu negativo e ele não teve qualquer reação. Boa nem ruim. Estava querendo justificar atuações fora de casa”.
Por fim, o dirigente desabafou: “Ele deu camisa ao Leomir, para ser ajudado no Paraná. Ligou para o Abel na pré-temporada fazendo lobby, dizendo que era o segundo melhor em assistências. Fiz uma relação de amizade com ele e recebi em troca falta de caráter e falsidade. Ele vai fazer o mesmo em Curitiba”.
Resposta
Em entrevista à Rádio Clube, Ígor se defendeu das acusações e se disse “magoado” com as declarações de Júnior. “O dinheiro que eu recebi era referente aos salários atrasados. Como eu trabalhei, acho que tenho direito de receber. E mandei esse dinheiro para os meus familiares”, disse o armador, que mesmo assim fala em gratidão ao Flamengo. “Foi lá que eu impulsionei minha vida e ajudei meus pais”.
Quanto a Júnior, apenas reclamações. “É muito triste o que ele fez, não era necessário. Entendo que ele esteja chateado, mas não precisa falar as coisas que ele falou. Isso talvez seja mágoa por causa da minha saída”, afirmou Ígor, que não quis comentar a acusação de inventar uma contaminação pelo vírus HIV.