Jogadores rebatem críticas sobre preparação física

Os últimos minutos dos jogos têm sido de sufoco e apreensão para a torcida do Atlético. Em partidas importantes, o time vem sofrendo gols momentos antes do apito final. Alguns já criticam a preparação física do elenco. Mas o Furacão estaria mesmo cansando nos instantes finais?

Jogadores e comissão técnica garantem que não. Para quem trabalha no dia-a-dia com o grupo, trata-se apenas de uma coincidência. Os gols nos minutos finais seriam comuns no futebol. Nenhum indício de que estaria faltando gás para a equipe rubro-negra.

Na primeira partida contra o Corinthians, pela Copa do Brasil, o Atlético sofreu dois gols após os 40 minutos do segundo tempo. A vantagem, que era de 3 a 0, caiu para a diferença mínima e o clube foi eliminado no jogo de volta, após perder por 2 a 0.

Contra o São Paulo, no último domingo, a história se repetiu. O Atlético vencia por 2 a 1 até os 41” do segundo tempo, quando sofreu o empate e viu dois preciosos pontos irem por água abaixo. Com ajuda do arbitragem, que não viu o impedimento do atacante tricolor André Lima.

Para o técnico Geninho, as críticas sobre a condição física do time são infundadas. “Quem diz isso está falando bobagem. Todas as avaliações mostram que nosso grupo está muito bem preparado. Contra o São Paulo, tivemos mais três chances após sofrer o gol”, ressalta.

Os jogadores concordam e garantem que não sentem nenhum tipo de cansaço. “Estou me sentindo muito bem fisicamente. Nenhum dos gols que sofremos foi em contra-ataque ou em um lance que mostrasse alguma falta de condição física”, diz o atacante Rafael Moura.

Para o zagueiro Rafael Santos, gols nos últimos minutos são uma situação corriqueira no futebol. “Aqui no Brasil e também na Europa, muitos jogos são decididos no final. É um momento que em as duas equipes estão mais desgastadas e acabam deixando mais espaços”, acredita.

Com a palavra final, o preparador físico Ridênio Borges. “A condição física não nos preocupa. Esses gols aconteceram por coincidência, em virtude de falhas técnicas. Não são situações que levem a nos preocupar com a forma dos atletas. Temos um calendário que nos permite mais seis semanas jogando apenas nos sábados ou domingos. Estamos nos preparando para o período em que teremos dois jogos por semana, para que não haja problemas de contusão, como no ano passado”, garante.

Para Borges, apenas os garotos que subiram recentemente da equipe de juniores e disputaram a Copa São Paulo ainda estão um pouco abaixo do restante do grupo. “O departamento de fisiologia acompanha o rendimento dos jogadores de todas as categorias. Com esses dados, vamos colocando eles no mesmo nível dos demais”, destaca.