Jogadores do Paraná sofrem com efeito vacina

Um adversário inusitado derrubou jogadores e membros da comissão técnica paranista no último final de semana. A reação alérgica à vacina contra a febre amarela abateu parte do elenco que viajou ontem para a Venezuela. Os médicos, porém, garantem que os efeitos não vão atrapalhar o Tricolor amanhã, contra o Unión Maracaibo.

O governo venezuelano exige que os visitantes tomem a vacina pelo menos 10 dias antes de entrar no País. A delegação tricolor, incluindo dirigentes e comissão técnica, recebeu as doses entre os dias 2 e 4, em Curitiba.

As reações começaram a aparecer no sábado. O zagueiro Da Silva, o volante Beto, o atacante Josiel e até o roupeiro Honório Ramos sofreram mal-estar, dor no corpo e estado febril -sintomas semelhantes aos de uma gripe forte. Da Silva teve que deixar o gramado aos 20 minutos do primeiro tempo do jogo contra o Cascavel, domingo, e Josiel, que poderia ser aproveitado na mesma partida, não saiu do banco de reservas.

O chefe do Departamento Médico do Paraná Clube, Mott Domit, disse que a reação à vacina é de certa forma comum, e normalmente aparece entre seis e oito dias depois da aplicação. ?Já aplicamos em data adequada para não haver problema no jogo de volta com o Cobreloa (dia 7)?, falou o médico. Domit afirma que os efeitos duram cerca de 24 horas e não há risco de novas reações na Venezuela. ?Eu mesmo sofri um pouco?, conta.

Certas áreas da Venezuela, assim como partes das regiões Norte e Centro-Oeste brasileiras, são consideradas focos endêmicos de febre amarela. A doença é causada por um vírus transmitido pela picada de algumas espécies de mosquito. ?Eventualmente, a delegação pode estar vulnerável a um foco de infecção durante a viagem. Mas a vacina os protege totalmente do risco de contágio?, explicou o médico.

Já que não tem tu, vai Toninho mesmo

O plano A fracassou na segunda-feira, mas o Paraná Clube correu atrás e apresentou ontem um reforço para a zaga. Toninho, 29 anos, já posou com a camisa tricolor, mas ainda não sabe se jogará na Libertadores.

O zagueiro passou pelo Corinthians, onde teve poucas chances de jogar, e por equipes pequenas do Estado de São Paulo antes de ser negociado com o futebol japonês. Jogou sete anos na terra do Sol nascente (esteve por último no Omiya Ardija, da 1.ª divisão) e agora retorna ao país de origem. ?Pesou a vontade de voltar ao Brasil e o nascimento de meu filho de dois meses?, disse o jogador.

Sincero, Toninho admitiu que está fora de forma. ?Meu último jogo foi em 2 de dezembro. Depois disso treinei separado, dei uma corridinha… Preciso de tempo para me preparar?, falou. Mas não é a condição física que pode impedi-lo de ser inscrito na Libertadores – hoje é o último dia para que o Paraná altere a lista original para a segunda fase, e a documentação do zagueiro pode não ficar pronta a tempo. Se ainda puder

ser listado, ocupa a vaga que seria do lateral-direito Léo Mattos, apresentado na segunda-feira.

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