Jean perde uma posição no Rali Dacar

Tan Tan – Na quinta etapa do Rali Dacar, entre as cidades de Ouarzazate e Tan Tan, no Marrocos, o melhor desempenho brasileiro foi novamente nas motos. Jean Azevedo fez o nono melhor tempo do dia, mas caiu da nona para a décima posição na classificação geral da prova.

Jean terminou a especial de 325 quilômetros em 4h15min49s. O vencedor da etapa foi o espanhol Isidre Esteve Pujol, com 3h56min22s. Em segundo lugar veio o atual líder da classificação geral das motos, o também espanhol Marc Coma, que mantém uma vantagem de 9min56 para Pujol na soma dos tempos.

O segundo melhor brasileiro na etapa foi Dimas Mattos, que chegou em 65.º lugar, enquanto Carlos Ambrósio foi o 89.º. Na geral, eles ocupam as posições de número 53 e 80, respectivamente.

Mas o outro piloto brasileiro na categoria motos, Sylvio Barros, resolveu abandonar o Rali Dacar. Ele sofreu um acidente na etapa de terça-feira e, apesar de não ter se machucado com gravidade, desistiu da disputa.

Caminhões

Outra desistência confirmada foi do russo Vladimir Chagin, que é o atual campeão da prova e estava na liderança geral – ele competia ao lado dos compatriotas Semen Yakubov e Serguey Savostin. O caminhão tombou e, ao tentar recuperar o tempo perdido, o piloto forçou o veículo, que acabou quebrando.

Enquanto isso, o brasileiro André Azevedo não foi muito bem. Após um excelente quinto lugar na etapa de terça, ele fez o 19.º tempo do dia (4h34min51s). De qualquer maneira, manteve a sexta colocação na classificação geral. O mais rápido foi o holandês Hans Stacey, que assumiu a liderança dos caminhões.

Carros

Os brasileiros Klever Kolberg e Eduardo Bampi ficaram com a 28.ª posição do dia (4h17min03), subindo para a 64.ª colocação na classificação geral. O brasileiro Paulo Nobre, o Palmeirinha, e o navegador português Fillipe Palmeiro terminaram a etapa na 23.ª posição, com 4h05min48, passando para a 81.ª posição no geral.

O primeiro lugar da etapa foi da dupla formada pelo espanhol Carlos Sainz e o francês Michel Perin. Com isso, eles abriram vantagem na liderança geral da prova.

Prova é criticada pelo Vaticano

Cidade do Vaticano – O Vaticano criticou ontem o Rali Dacar, chamando a prova mais perigosa e importante do rali mundial de ?uma cruel corrida de irresponsabilidade?, em seu jornal oficial, o L?Osservatore Romano. ?Muitos o incluem entre os eventos esportivos, mas ele pouco tem de competição sadia?, prossegue o órgão oficial da Igreja Católica.

As críticas vêm um dia depois da 50.ª morte ocorrida durante a competição, do motociclista sul-africano Elmer Symons, de 29 anos, vítima de uma queda durante a etapa desta quarta-feira, no Marrocos. ?O rio de sangue que a se alarga a cada ano evidencia a incontestável violência que acontece quando se impõem os modelos da cultura ocidental a um contexto humano e ecológico que nada tem a ver com o Ocidente?, publicou o jornal.

A referência é claramente voltada ao desejo da Igreja Católica em estreitar relações com o Islã, já que o Dacar passa por diversos países onde o islamismo é a religião oficial.

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