Instabilidade marcou a temporada 2008 no Paraná

O Paraná Clube foi um “colcha de retalhos” na Série B. Uma série de erros, desmandos, mudanças estruturais e três comandos técnicos distintos. Na prática, o Tricolor não passou nem perto do objetivo de voltar à elite nacional.

Ao invés disso, passou quase que toda a competição sob o risco de rebaixamento para a terceirona, “com o facão no pescoço”, em expressão muito utilizada por Paulo Comelli. Eliminado do Paranaense e da Copa do Brasil, o Tricolor tentou mobilizar-se para a sua principal competição no ano. Apenas tentou.

A reformulação do elenco não foi à altura e o fracasso era iminente diante dos erros em praticamente todos os setores do departamento de futebol. A intertemporada em Joinville foi muito ruim e acabou agravando lesões de atletas como Luís Henrique, Léo e Cristian.

Mesmo com a saída de nove jogadores e a contratação de outros oito, o time não deslanchou. A primeira medida foi a demissão do gerente de futebol Fernando Moreno, substituído pelo ex-volante Beto Amorim.

Paulo Bonamigo resistiu apenas cinco rodadas (3 empates e 2 derrotas). Para o seu lugar, o Paraná apostou no emergente Rogério Perrô, que havia feito bom trabalho no modesto Toledo. Não deu certo.

Mesmo com a chegada de alguns novos jogadores, o Tricolor seguiu com uma campanha instável, em especial dentro de casa. Perrô foi demitido após perder para o Gama na Vila. Fechou seu ciclo com onze jogos (4 vitórias, 2 empates e 5 derrotas). A mudança incluiu o afastamento do vice de futebol Durval “Vavá” Ribeiro.

O então diretor de futebol Paulo Welter passou a tocar sozinho o setor. Paulo Comelli foi contratado com a missão de tirar o clube do fundo do poço. Após três derrotas seguidas, decidiu-se pela completa reformulação do elenco, às vésperas do returno.

O processo foi orquestrado por Comelli, que com uma dose de sorte e muito trabalho começou a montar um time competitivo. O alívio veio somente na penúltima rodada, quando a goleada sobre o CRB (4×0) confirmou a permanência do clube na Série B. No fim, a 11.ª colocação foi a melhor posição ocupada pelo Tricolor ao longo de toda a competição.

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