Inquérito para investigar a CBF

A partir de denúncia feita pelo deputado federal Dr. Rosinha (PT-PR), a Polícia Federal do Rio de Janeiro abriu inquérito para investigar a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e seu presidente, Ricardo Teixeira. A Delegacia de Polícia Fazendária da PF apura irregularidades no pagamento dos salários de dirigentes e funcionários da confederação.

"Os valores recebidos pelos dirigentes e funcionários da CBF revelam indícios de irregularidades nas declarações de renda apresentadas junto à Receita Federal", diz trecho da denúncia de Dr. Rosinha.

Em sua representação, o deputado petista aponta que, em 2003, a soma do salário de 138 funcionários da CBF era estimado em R$ 718,9 mil mensais. "Embora os salários sejam altos […], representam parte ínfima dos gastos da CBF, o que sugere a possibilidade de recebimentos por outras vias que não as regulares", diz a denúncia.

Outro indício de irregularidade é a diferença observada entre o salário da comissão técnica da seleção brasileira, formada em 2003 por Carlos Alberto Parreira, Zagallo e Américo Faria, e o salário do treinador que antecedeu Parreira, Luiz Felipe Scolari.

Na época, o salário dos três primeiros somava R$ 340,1 mil mensais. Sozinho, Scolari recebia aproximadamente R$ 470 mil por mês.

Evasão de divisas

Ricardo Teixeira é alvo de outro inquérito reaberto pela PF, a cargo da Delegacia de Repressão aos Crimes Financeiros. Motivo da investigação: suspeita de crime de evasão de divisas e lavagem de dinheiro.

O caso diz respeito a uma empresa de propriedade de Teixeira, a RLJ Participações. Quem determinou a reabertura do inquérito na Delefin também foi o Ministério Público Federal.

Numa única operação, uma empresa sediada no paraíso fiscal de Liechtenstein depositou R$ 2,9 milhões na conta da RLJ.

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