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Homenageados no Morumbi, ídolos do São Paulo veem time no caminho certo

O São Paulo homenageou na noite desta terça-feira alguns dos maiores nomes de sua história e recebeu deles um voto de confiança para a sequência da temporada. Durante a inauguração do Caminho dos Ídolos, a versão tricolor da “Calçada da Fama”, no Estádio do Morumbi, figuras como Kaká e Muricy Ramalho fizeram questão de elogiar o trabalho de Diego Aguirre e de toda a equipe, que acaba de assumir a liderança do Campeonato Brasileiro.

Na opinião de Kaká, por exemplo, o time “tem cara de campeão” e “sorte de campeão”. Depois, porém, fez uma ponderação: “Mas estamos no meio do campeonato, não vamos colocar uma pressão desnecessária no time. Tem muito jogo, muita coisa para acontecer, mas não dá para desmerecer o fato de o time estar em primeiro lugar em um campeonato tão competitivo como é o Brasileiro”.

Ao lado de figuras como Careca, Raí, Lugano, Mineiro e até Peixinho, autor do primeiro gol da história do Morumbi, em 1960, o ex-jogador, que anunciou no fim do ano passado sua aposentadoria, comentou que “ajuda muito o fato de não ter que jogar outras competições, estar completamente focado no Campeonato Brasileiro, ter tempo para trabalhar e descansar, enquanto os outros clubes estarão jogando outras competições”.

Outro homenageado da noite, o ex-treinador Muricy Ramalho, último a ganhar um Brasileiro pelo clube – foi tri de 2006 a 2008 – elogiou o trabalho da nova diretoria, capitaneada por Raí, que conta com o auxílio de Lugano e Ricardo Rocha. “Eles conhecem muito de futebol, e os jogadores respeitam esses caras”, opinou o atual comentarista da TV Globo. “O time está no caminho certo, precisa manter os pés no chão”, finalizou.

“O time aprendeu com os erros, amadureceu, os jogadores entenderam o tamanho da camisa. Mas ainda é cedo, tem muita coisa para rolar”, comentou o ex-lateral Belletti, campeão paulista pelo São Paulo em 1998 e 2000, entre outros títulos.

Na visão do ex-zagueiro Válber, multicampeão na equipe dos anos 90 dirigida por Telê Santana, “a principal qualidade é uma coisa que não vinha tendo havia muito tempo no São Paulo, a união dos jogadores. O Aguirre conseguiu fazer com que eles entrassem em campo unidos, treinem desta forma, e as coisas começam a dar certo”, afirmou o ganhador, dentre várias taças, da Libertadores de 1993, dos Mundiais de 1992 e 1993 e das Recopas Sul-Americanas de 1993 e 1994.

Questionado sobre quem representa a maior ameaça ao clube na luta pelo título nacional, ele preferiu não citar nomes: “Campeonato Brasileiro é muito difícil, há equipes que não conseguiram pegar aquela trajetória de vitórias. Ainda está esquentando, mas o São Paulo tem grande chance de pegar essa liderança e não largar mais”, emendou.

CALÇADA – Nomes de 99 ídolos da história do clube, entre eles todos os campeões mundiais de 1992, 1993 e 2005, foram eternizados na rampa do portão 17 do Morumbi, nos mesmos moldes da famosa calçada de Hollywood.

A cerimônia contou com a presença de diversos homenageados e familiares de ex-atletas já falecidos, além de conselheiros e membros da diretoria. Os homenageados também receberam uma medalha comemorativa.

As ausências mais sentidas foram de Rogério Ceni, atualmente treinador do Fortaleza, e Danilo, meia campeão do mundo em 2005 pelo São Paulo e atualmente jogador do Corinthians.

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