História nega importância da pole

Serão 22 pilotos lutando desesperadamente hoje para largar o mais à frente possível nas ruas de Monte Carlo.

Desses, não mais do que quatro, os dois da McLaren e os dois da Ferrari, brigam de verdade pela pole position. Lewis Hamilton, Fernando Alonso, Felipe Massa e Kimi Raikkonen têm uma certeza: se não partirem pelo menos na segunda fila na prova de amanhã, quinta da temporada da Fórmula 1, podem esquecer qualquer sonho de vitória.

A pole em Mônaco, ao contrário do que se pode imaginar, não é fundamental. É o que diz a história. Em 53 edições da corrida no Principado, foram apenas 21 os vencedores que largaram na frente. Dá uma taxa de 39,6%. Mas a conta é mais favorável quando nela se incluem também os que largaram em segundo no grid: 34 vitórias, 64,1%.

Ampliando a brincadeira para as duas primeiras filas, porém, chega-se ao dado mais relevante dessa estatística. Desde 1950, quando foi disputado pela primeira vez, em apenas sete oportunidades o vencedor não largou entre os quatro primeiros. Isso dá uma esmagadora taxa de 86,8% de chances para aqueles que estiverem na primeira ou na segunda filas. A maior zebra aconteceu em 1996, quando Olivier Panis, da já decadente Ligier, ganhou depois de largar em 14.º.

Mas foi uma corrida atípica. Apenas quatro carros terminaram a prova, uma das mais acidentadas de todos os tempos. E este mundial tem sido, por assim dizer, típico: é largar na frente e vencer. Aconteceu em três das quatro etapas até agora.

Por isso será uma briga de foice a disputa pela pole hoje, a partir das 9h de Brasília. Se ultrapassar na F1 atual já é difícil, o que dizer então de superar um adversário numa pista que tem média de velocidade inferior a 150 km/h, estreita, sem áreas de escape e com os guard-rails passando a milímetros de pneus enlouquecidos?

Números são apenas números, na maioria das vezes, mas, no que diz respeito a Monte Carlo, é bom ficar atento a eles. Nos últimos três anos, ganharam aqueles que começaram a mostrar serviço no sábado, com a pole: Trulli, em 2004; Raikkonen, em 2005, e Alonso, em 2006.

Neste ano, só a Ferrari largou na pole, com Massa, três vezes, e Raikkonen, uma. Porém, o time de Maranello não é favorito à posição de honra nas vielas monegascas. O que não quer dizer muito. Fazer a pole em Mônaco não depende apenas da velocidade. É preciso uma dose de arrojo e muita precisão. Portanto, que ninguém se engane. A corrida de domingo, na verdade, começa nesta manhã.

Em Curitiba, três categorias

Rodolpho Siqueira

O público que for ao Autódromo Internacional Raul Boesel poderá assistir, neste fim de semana, a competições de três tipos de carros diferentes, que exigem também técnicas distintas para percorrer os 3.695 metros do traçado. Ao todo, serão quatro corridas: o evento reunirá a 5.ª e 6.ª etapas do Campeonato Sul-Americano de Fórmula 3, a 3.ª prova da temporada do Trofeo Maserati e a segunda do Campeonato 2007 da Pick-Up Racing.

O bólido mais eficiente na pista será o Fórmula 3, que é o carro de corridas mais rápido do Brasil. Ele é também o único dos três tipos de bólidos em Tarumã neste fim de semana construído especificamente para as corridas.

Uma característica importante em comum entre o F3 e o modelo Maserati Coupè, utilizado no Trofeo Maserati, é o fato de ambos terem tração traseira. As pick-ups Chevrolet S10, Ford Ranger, Dodge Dakota e a estreante Agrale Marruá também contam com tração traseira. A Pick-Up Racing visitará Curitiba pela primeira vez com o novo regulamento de motores movidos a álcool.

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