Guilherme segue os passos do paizão Paulo Rink

No ginásio do Clube Curitibano, um menino de apenas 6 anos dá seus primeiros chutes e já causa expectativa no mundo da bola. Ainda é cedo para avaliar seu potencial, mas é o DNA de craque que chama atenção no garoto. Guilherme é filho de Paulo Rink, eterno ídolo da torcida do Atlético, e já começa a seguir os passos do pai.

Nascido em 2001, Guilherme é o mais novo de seu time, a equipe de futsal, categoria mamadeira (sub-7), do Curitibano. Mesmo assim, já mostra que, como o pai, tem faro de artilheiro. Seu primeiro gol foi marcado no campeonato metropolitano, no dia 25 de setembro, numa goleada de 7 a 0 sobre o Coritiba, para a alegria da torcida rubro-negra.

Paulo Rink já se preocupa com a expectativa sobre o menino. ?É uma coisa dele e não vou fazer pressão. Fico contente porque ele gosta muito de jogar. Tanto que quando ele apronta alguma coisa o castigo é não vir treinar?, diz o ex-atacante, que pendurou as chuteiras em maio.

Mas o início de uma provável carreira parece estar bem encaminhado. O time de Guilherme é um verdadeiro furacão, campeão metropolitano invicto da categoria. Foram quatro vitórias em quatro jogos, com 27 gols a favor e nenhum contra. O goleiro Lucca Krieger, 7 anos, foi o menos vazado, e Rodrigo Guth, 7, eleito a revelação do campeonato.

Com tanta superioridade, foi necessária uma providência para que o sucesso não subisse à cabeça dos garotos. ?Eles já estavam ficando de salto alto. O técnico teve que colocá-los para jogar contra os mais velhos, para levarem umas goleadas e ficarem novamente com os pés nos chão?, conta Paulo Rink.

Mesmo assim, o ?professor? Álvaro Menegotto não esconde o orgulho pelo desempenho do time. ?Nessa idade estamos mais atentos ao lado pedagógico do esporte do que o competitivo. Mas já dá para perceber quem se destaca. Esse time, se continuar treinando junto, pode ser uma equipe muito boa em nível estadual e até nacional?, acredita o técnico.

Álvaro é cauteloso ao falar do potencial de Guilherme, mas diz que a disposição do menino pode ser o indicativo de um futuro profissional. ?Como todos os outros, ele ainda é uma criança em desenvolvimento. Mas já dá para ver que é bem competitivo. Não gosta de ficar no banco e muito menos de perder. Como gosta de treinar, tem tudo para ser um bom atleta?, avalia.

E isso é fácil de perceber. O treino termina e Guilherme parece não ter tempo para dar entrevista. ?Quero jogar no Atlético, como meu pai. Gostei muito de fazer o gol contra o Coxa?, diz, ainda tímido e muito apressado. Afinal, quem disse que é hora de descansar? O que ele quer é jogar mais e chegou a vez de o pai dar uma de goleiro, para aplacar a fome de bola do pequeno matador.

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