Grosjean exalta psicologia como arma para reação na F1

A psicologia foi a principal arma para transformar o francês Romain Grosjean de vítima de piadas a uma das maiores sensações da atual temporada da Fórmula 1. Em seu terceiro ano na categoria, o piloto da Lotus acumula seis pódios em 2013 e vem do melhor resultado da carreira, com o segundo lugar no GP dos Estados Unidos, no último domingo, em Austin.

O ponto de virada na carreira dele veio depois de ter ficado suspenso de uma prova no ano passado, após ter provocado um acidente coletivo no GP da Bélgica. Na ocasião, Grosjean tirou quatro pilotos da corrida logo na primeira curva e por pouco o pior não aconteceu. O Lotus do francês passou a centímetros da cabeça do espanhol Fernando Alonso ao decolar.

O incidente não foi o primeiro da carreira do francês, que em 2009 estreou na categoria, colecionou batidas e em sete provas não pontuou. Grosjean retornou em 2012 para alternar bons e maus momentos até a suspensão pela batida na Bélgica o fazer refletir e procurar ajuda.

“Eu era provavelmente a pessoa com a opinião mais negativa sobre si mesmo. Odiava não ser capaz de fazer aquilo que queria fazer e isso me perturbava muito”, disse Grosjean, que destacou ter adquirido mais confiança e autocontrole após os encontros com uma psicóloga.

O trabalho no divã faz Grosjean sonhar alto e projetar uma possível vitória no GP do Brasil, neste domingo, em Interlagos, e mais espaço na Lotus na próxima temporada, quando passará a ser o piloto principal depois da saída do finlandês Kimi Raikkonen para a Ferrari.

“Algumas vezes eu dançava mais rápido do que a música. Agora tento fazer tudo no tempo certo. Estou ficando pronto para algum dia me tornar campeão do mundo”, afirmou Grosjean.

A responsabilidade e a expectativa são grandes. Apesar de ter nascido na Suíça, o piloto corre pela França, país com grande tradição no automobilismo, mas que não vê um representante vencer uma corrida desde que Olivier Panis ganhou o GP de Mônaco de 1996.

Voltar ao topo