Gringos cada vez mais complicados no Atlético

Os atacantes Nieto, Guerrón e “Morro” García nunca foram unanimidade no Atlético. O trio custou R$ 9 milhões ao Furacão, mas no campo o desempenho tem sido muito abaixo do esperado. Por isso, tudo indica que estejam definitivamente “rifados” no elenco rubro-negro. Se o equatoriano sequer é convocado para a concentração, e o uruguaio também caiu em desgraça com seu compatriota Juan Ramon Carrasco, domingo foi a vez do argentino ver sua “batata assar”. Substituído aos 29 do 1.º tempo, ele saiu com cara de quem não volta mais ao time.

Guerrón e Nieto, em 2010, e “Morro”, em 2011, foram apresentados como as grandes contratações. A dupla de 2010 custo 1 milhão de euros (cerca de R$ 2 milhões à época da contratação) e o uruguaio foi comprado ao preço de US$ 3 milhões (valor próximo a R$ 7 milhões). Guerrón e Nieto tiveram uma pífia primeira temporada. O equatoriano marcou dois gols e o argentino apenas um. No ano passado, melhoraram o desempenho, com Guerrón marcando 14 vezes e Nieto 12. Agora, “Morro” García tem ido pelo mesmo caminho. No ano passado, marcou apenas duas vezes e este ano continua em branco.

Allan Costa Pinto
Guerrón: desejo de ir embora.

Em números e rendimento, eles ficam aquém, por exemplo, de Paulo Baier, que é meio-campo, jogador já próximo de se aposentar, e que tem conseguido muito mais destaque. O camisa 10 marcou 29 gols desde 2010 – mais que os três juntos, que agora enfrentam a concorrência de “pratas da casa” dispostos a tudo para conseguir lugar no time. Sem nenhum gol, os estrangeiros estão sendo “sufocados” por nomes como Marcelo, Ricardinho e Bruno Furlan.

O caso mais emblemático é o de Guerrón, que se reapresentou com quase uma semana de atraso e, diferentemente de Manoel, que teve o mesmo problema, ainda não recebeu um chance do técnico Juan Ramón Carrasco. O então camisa 7 sequer tem sido relacionado para os jogos. Nos treinos também não está junto com o grupo principal.

Allan Costa Pinto
Nieto: outra chance é difícil.

Guerrón já conversou com a comissão técnica para dizer que espera resolver logo sua situação, mas para pessoas próximas tem demonstrado vontade de deixar o clube. O problema é que não há propostas concretas por ele. No ano passado, quase foi para Rússia, mas acabou recuando por que o país não agradava a esposa.

Já “Morro” García vive situação semelhante. Foi titular na estreia contra o Londrina, mas não terminou a partida. No jogo seguinte, diante do Operário, foi suplente e domingo sequer apareceu no banco. O jogador está ainda em um fogo cruzado entre a diretoria e a comissão técnica. Se Carrasco ainda pensa em resgatar o futebol que o fez artilheiro do Campeonato Uruguaio em 2011, o presidente Mário Celso Petraglia mantém a ideia de defenestrá-lo do clube. Talvez cultive o mesmo desejo para com Guerrón e Nieto.