Gol de mão é o assunto no Paraná Clube

Nunca um gol de Wellington Silva foi tão comentado. Artilheiro do Paraná Clube na temporada, com 11 gols, o autor do “tapinha” virou manchete nacional e diante da repercussão do caso – com o Ceará tentando a anulação do jogo – o departamento jurídico do clube decidiu “blindar” o atleta.

O jogador, ao menos por enquanto, não falará com a imprensa. Mas, as declarações do procurador geral do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, Paulo Schmitt, são tranquilizadoras.

Mesmo tratando tudo de uma forma superficial – enquanto não tem acesso aos autos do processo – Schmitt acha pouco provável uma punição ao atleta. “Nos últimos anos, nunca denunciamos um jogador por um gol dessa forma. É verdade, porém, que desta vez o toque foi no mínimo escandaloso”, ponderou.

O procurador usou como exemplo o recente gol marcado por André Lima, do Botafogo, no empate por 3×3 com o Corinthians, na Série A do Campeonato Brasileiro.

“A punição deveria ter sido dada pelo árbitro, com a aplicação do cartão amarelo. Por isso, é até difícil uma ação contra o jogador. Mas, repito. Estamos analisando o caso”, afirmou.

Se Wellington Silva pode ficar tranquilo, o mesmo se aplica ao clube, sobre a tentativa do Ceará de anulação da partida. Paulo Schmitt preferiu não dar uma posição definitiva sem conhecer os motivos alegados pelo clube cearense. O procurador não vê chance disso ocorrer sem que se prove corrupção ou desconhecimento da regra por parte da arbitragem (que não é o caso).

Gozação

Enquanto Wellington Silva é mantido em silêncio pelos advogados, os companheiros não escondem que o gol gerou uma série de brincadeiras com o atacante.

“Já na volta, encontramos a delegação do Inter no avião. E até eles pegaram no pé do Wellington. Foi um lance certamente curioso”, disse Adoniran, sem conseguir conter os risos ao se alongar sobre o tema. “Parece até brincadeira”, emendou.

Na prática, o gol – e toda a confusão ocorrida no intervalo, quando Gabriel foi agredido por seguranças do Ceará – serviu para deixar o time de Roberto Cavalo ainda mais “ligado”.

Gol irregular à parte, todos entendem que o Paraná fez um bom jogo e mereceu a vitória pela forma como lutou em campo. “Acho que jogamos bem. Criamos chances e soubemos nos defender. Mesmo quando eles pressionaram, não conseguiram entrar na nossa área”, lembrou Adoniran.

“Mas, esse jogo já é passado, vamos deixar o Ceará com os problemas deles, pois ainda temos muito a resolver por aqui”, disse o volante paranista. O Tricolor tem mais treze jogos pela frente e o primeiro passo continua sendo assegurar um distanciamento seguro da zona do rebaixamento.

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