Goiânia reforça o policiamento para receber a seleção

Com a tradição de receber muito bem a seleção brasileira, torcedores de Goiânia se dispõem a amanhecer a segunda-feira na porta do hotel onde o time de Felipão se hospedará. E, mais tarde, em busca de ingressos para os treinos e o jogo, tomar os arredores do Serra Dourada.

“A aparente melhora da seleção atrai para o jogo”, diz o funcionário da Secretaria Estadual de Finanças João Batista da Silva. “Mas, desta vez, a expectativa de ver a provável campeã do mundo, aqui na cidade, nos dá a sensação de viver um dia histórico.”

Apesar desse clima, a previsão de chegada ao Aeroporto Santa Genoveva após as 22h30 desta segunda, esfriou o ímpeto dos torcedores: “Para quem trabalha bem cedo, é praticamente impossível ir ao aeroporto”, alega Ronaldo Oliveira Mendes, estudante de engenharia. “O horário parece proposital, por causa da segurança da equipe.”

Segundo a Secretaria de Segurança Pública, há motivos para aumentar o nível de segurança da seleção, pois há expectativa de manifestações nas ruas de Goiânia. Próximo ao Castro’s Park Hotel – onde a equipe ocupará 56 apartamentos -, motoristas de ônibus e professores têm a intenção de reivindicar aumento salarial. As ameaças de palavras de ordem como “negocia Dilma”, pelos professores, e de “escola tipo Fifa”, por parte de alunos do ensino médio, e a eventual ação do movimento “Copa pra quem?” levaram o governo a destacar 800 PMs para vigiar as ruas que levam jogadores e comissão técnica no trajeto entre hotel e estádio.

Indiferente a jogo, segurança e protestos, Taís Belchior de Menezes, de 22 anos, já está de plantão em frente ao hotel: “Vou abraçar, beijar, ganhar um autógrafo na camisa da Seleção e uma foto com o goleiro Júlio César”, garante.