Há tempos não se via um frenesi tão grande em Curitiba. Com status de ídolo pop, o atacante Giba, melhor jogador de vôlei do mundo, fez festa com seus amigos – e ajudou as crianças com câncer do hospital Erasto Gaertner. Foi ontem, em uma partida amistosa entre os ?Amigos do Giba? e o Unisul, de Santa Catarina, time comandado pelo ex-jogador Geovani, campeão olímpico de 1992. O público que lotou o Palácio de Cristal, ginásio do Círculo Militar do Paraná, no centro de Curitiba, ficou eufórico com a presença de alguns dos principais jogadores do vôlei brasileiro.
Estavam presentes em Curitiba, no time dos amigos, o levantador Bruno Rezende e o atacante Anderson – reservas ?quase titulares? do time de Bernardinho, campeão pan-americano, olímpico e mundial, e que tenta em dezembro, na Copa do Mundo do Japão, a vaga para Pequim-2008. A presença de Bruninho deixava claro que Giba, apesar de querer o retorno de Ricardinho à seleção brasileira, recebeu bem o novo integrante da ?família?. Da seleção, também estava Éder, além de Henrique, que fez parte da equipe brasileira no início da década. No banco, Pelé, atacante da seleção nos anos 80s.
Mas as estrelas eram Geovani e Giba. O ex-jogador, que já foi comentarista e participou até de concurso de dança, voltou para seu lugar. Agora, como técnico do Unisul, um dos times mais regulares das últimas Superligas. Ele não escondia a alegria de estar na festa daquele que considera o melhor jogador do mundo. ?É uma honra estar aqui, fazer uma festa tão bonita como essa, e ainda ajudar quem precisa?, disse Gigio, enquanto distribuía autógrafos.
Já o camisa 7 da seleção era, naturalmente, uma atração à parte. Ao chegar para o aquecimento, com seus companheiros, Giba causou um frisson – gritos histéricos de adolescentes, emoção de homens e meninos, alegria das convidadas especiais, as crianças do Erasto Gaertner.
Logo depois veio a hora da homenagem. Giba, que teve leucemia quando criança, não escondeu a emoção ao receber um presente das crianças, e ainda mais ao agradecer às 28 toneladas de alimentos conseguidas através das doações dos espectadores do jogo de ontem. ?A gente não tem idéia das dificuldades da família, do hospital e dessas crianças. Por isso, continuem ajudando. Nós fizemos esse primeiro jogo, e logo virão mais. Ano que vem, no próximo, e assim sucessivamente?, afirmou o jogador, que organizou o evento.
A partida foi recheada de lances bonitos e momentos de confraternização. O resultado? Isso era o que menos importava para Giba, para seus amigos (e adversários) e para o público que foi ao Círculo Militar.