Geninho renova contrato até o final de 2009

A torcida rubro-negra já ganhou o seu presente de Natal antecipado. Geninho, ídolo desde a conquista nacional de 2001 e apontado como o principal responsável pela manutenção do clube na Série A do Brasileirão, acertou sua permanência até o final de 2009 juntamente com a sua comissão técnica – o auxiliar André Souto (filho de Geninho) e o preparador físico Ridênio Borges. O acordo aconteceu na manhã de ontem no escritório de advocacia pertencente ao presidente do clube, Marcos Malucelli.

E foi tudo muito rápido. “Durou cerca de 15 minutos. O restante do tempo conversamos sobre trabalho e programação do time para o próximo ano”, explicou Geninho com o bom astral de sempre e afirmando que não assinou contrato exigindo nenhuma fortuna do clube. Assim, Malucelli cumpre a primeira missão do seu mandato.

A forte ligação existente entre o técnico, o Atlético, a torcida e a cidade de Curitiba foi o principal motivo que facilitou a renovação. Aliado a isso o bom desempenho do treinador na reta final do Brasileirão, cumprindo o objetivo traçado quando foi contratado em setembro, serviu como o aval decisivo.

Geninho chegou ao Furacão na 25.ª rodada, após uma seqüência de maus resultados. Nos 14 jogos seguintes, obteve 6 vitórias, 4 empates e 4 derrotas; aproveitamento de 52% dos pontos disputados. Na entrevista concedida pelo treinador, ele destacou que a expectativa é de um bom 2009 para o Atlético.

“Teremos um bom time. A diretoria vai tentar reforçar. Os erros que por ventura foram cometidos têm que servir de exemplo para que não sejam repetidos”, analisou.

Paraná-Online – Foi fácil o acerto?

Geninho: O fato do Malucelli ter assumido o comando do clube pesou bastante, pois foi uma pessoa com quem me relacionei muito bem (…) Estou trabalhando dentro da realidade do clube, fizemos apenas alguns pequenos ajustes. Foi rápido porque havia o desejo de continuidade de ambas as partes. A maneira como me sinto trabalhando no Atlético, como sou tratado pela torcida do Atlético e por todo o povo de Curitiba também pesaram bastante, porque isso não tem dinheiro que pague.

Paraná-Online – O que foi discutido preliminarmente?

Geninho: Passei para o Malucelli um esboço com o número de jogadores que gosto de trabalhar, onde acho que temos que nos preocupar mais ou menos, opinei sobre alguns contratos de jogadores que estavam vencendo. Falei também sobre alguns poucos nomes de jogadores (…)
A partir de agora estou de férias, mas trabalhando, fazendo contatos. Graças a Deus tenho bom relacionamento com muitos jogadores que querem trabalhar no time que estou. E isso facilita um pouco. A negociação, no entanto, é com outro departamento.

Paraná-Online – Sobre a montagem do time para próxima temporada. O que ficou acertado?

Geninho: Eu não compactuo com aqueles que acham que esse grupo é ruim. Nessa reta final mostrou qualidade. Então vai ser mantida uma base boa do grupo. Mas tem que qualificar. De repente uma ou duas peças qualificam o time de maneira excepcional e o transformam num grupo forte. (Geninho citou o Atlético de 2001 como exemplo.)

Paraná-Online – As contratações terão que passar pelo crivo do treinador?

Geninho: Não tem que ser contratado apenas jogador que o técnico indica. Não sou o dono da verdade e de repente alguém traz opção melhor do que a que tenho. Se for bom jogador não tem motivo para não ser contratado. Só acho que tem que ser feito em consenso e que haja
a aprovação. Geninho informou ainda que haverá a redução do elenco atleticano e que gosta de trabalhar com um grupo entre 28 e 30 jogadores. E para a montagem do elenco explicou como pretende trabalhar. “Mesclar alguns jogadores que o Atlético tem, analisar, os que retornarão e que podem se encaixar aqui e buscar os que se destacaram, não necessariamente um grande nome, mas um bom jogador que se enquadre na filosofia do treinador e no espírito guerreiro que a torcida exige”, finalizou.