Geninho procura formação ideal para o Atlético

Liderança na tabela, segundo melhor ataque (6 gols) e segunda melhor defesa (1 gol sofrido). Essa é a campanha do Atlético em três rodadas do Estadual. Em termos de número, excelente, porém o rendimento em campo (individual e coletivo) ainda está bem abaixo do esperado pelo torcedor.

O atenuante dessa situação é que elenco e comissão técnica têm a consciência de que podem evoluir, por ser início de temporada e porque a parte tática e técnica passa a ganhar maior relevância. A próxima missão é vencer o J. Malucelli, amanhã, na Arena. Manter o primeiro lugar e, se for possível, apresentar um futebol mais qualificado.

O Atletiba do último domingo foi fraco tecnicamente, porém realçou virtudes e defeitos no Furacão. E Geninho sabe bem disso. A evolução foi no sistema de marcação, com o meio-campo mais compactado quando não tem a posse de bola e os atacantes ajudando a marcar a saída do adversário.

E as principais deficiências foram a falta de jogadas e triangulações pelas laterais. Aliás os alas Alberto e Netinho não estiveram em um dia inspirado. Assim, o ataque foi pouco acionado e o Atlético quase não incomodou o adversário.

A melhora no time pode passar pelas opções de banco que o treinador dispõe. Após o clássico, Geninho disse que vai começar a testar gradativamente alguns atletas para melhor observá-los. É o caso de Marcinho e também de outros jogadores.

“Marcinho estava sem ritmo de jogo e está entrando às vezes mais adiantado e também no meio. Vamos ver a produção do jogador e daqui a pouco ele deve começar um jogo. Pretendo, na sequência, dar chance a jogadores que não dei, como o Preá. Preciso ver alguns deles. Esta fase do campeonato nos permite fazer observações para achar a equipe ideal”, explicou o treinador.

Problema

A ala direita tem se transformado num problema para o comandante atleticano, que se arrasta desde o ano passado. Alberto ainda não está bem. Nos dois jogos realizados nesta temporada, decepcionou.

Em Paranaguá foi expulso por não acompanhar o adversário e fazer faltas. No Atletiba não acertou passes e nem cruzamentos. O substituto Douglas Maia ganhou oportunidade com a exclusão de Alberto e também não foi bem contra o Foz do Iguaçu.

Assim o Atlético segue meio capenga, explorando mais o lado esquerdo do campo. A outra opção para a direita será Nei, que se recupera de uma cirurgia no joelho e deverá estar apto a jogar somente no próximo mês.

O atleta demonstra muita raça, sabe marcar, porém também não é nenhum primor em jogadas de linha de fundo e cruzamentos. Consertar esse defeito do time é uma dor de cabeça a mais para Geninho.

Na ala-esquerda Netinho tem o pé calibrado para as jogadas de bola parada, mas também está fora de ritmo. Ele mesmo já declarou que precisa melhorar o condicionamento físico para atuar como ala. No entanto, na esquerda o Atlético tem opção. A sombra de Netinho chama-se Alex Sandro, que teve boas atuações quando jogou.