Ganso tira peso da camisa 10, mas exibe confiança

O meia Paulo Henrique Ganso monopolizou as atenções nesta quinta-feira, em mais um dia de entrevistas coletivas durante a semana final de treinos do Brasil para a estreia na Copa América. Apontado como grande esperança da seleção na criação de jogadas ofensivas para os atacantes, o jogador do Santos tirou o peso da sua responsabilidade, mas exibiu confiança de que poderá brilhar com a camisa 10 na competição continental.

“Queria deixar bem claro que não sou o centro das atenções, sou apenas mais um querendo ajudar a seleção brasileira, e querendo começar uma nova história aqui”, afirmou Ganso, que se vê em plenas condições de brilhar mesmo depois de ter ficado um longo período sem atuar e voltado a defender o Santos apenas no segundo jogo da final da Copa Libertadores, contra o Peñarol, no Pacaembu.

“Estou superbem, sem nenhum receio em relação à contusão (muscular que sofreu), e tenho certeza de que estou bem fisicamente e preparado para aguentar todos estes jogos”, disse o meio-campista, que defenderá o Brasil pela primeira vez nesta Copa América no próximo domingo, às 16 horas (de Brasília), contra a Venezuela, em La Plata, na Argentina.

O jogador lamentou por não ter conseguido dar sequência ao bom início que teve com a camisa da seleção sob o comando de Mano Menezes, quando brilhou na vitória por 2 a 0 sobre os Estados Unidos, em agosto do ano passado, na casa dos norte-americanos, mas agora se vê pronto para começar a fazer história pela seleção brasileira.

“Vestir a 10 da seleção é um sentimento de muita felicidade, sentimento que começou, mas foi interrompido por algumas lesões, mas que está voltando agora com a Copa América. Espero agora que possa assumir o tamanho dessa responsabilidade dessa camisa 10”, enfatizou, antes de aliviar o peso que será vestir a camisa que um dia foi de Pelé, Zico, Rivellino e outros grandes craques.

“É uma responsabilidade muito grande, mas tenho certeza de que, se apresentar um bom futebol dentro de campo, vou conseguir tirar essa pressão de jogar com a camisa 10”, opinou, antes de citar os jogadores da seleção que usaram o número e servem de inspiração para ele. “Camisas 10 são muitos, mas os que eu não vi jogar foram Zico e Pelé, e dos que vi jogar foram Zidane (que na verdade não usava a 10) e Kaká”.

Já ao ser lembrado por um repórter de que ele excluiu Maradona de sua lista de favoritos com a camisa 10, Ganso manteve o discurso anterior. “Maradona foi um baita jogador, mas, ma minha opinião, dos que eu não vi jogar Zico e Pelé são os dois favoritos”, rebateu.

Ganso ainda citou o nome de outro grande 10 da história da seleção brasileira ao comentar o seu estilo de jogar. “Eu acho que sou parecido com um que esqueci de citar aqui, e até peço até desculpas por isso, que é o Rivaldo, que tem um estilo mais clássico de jogar futebol”, finalizou.