Furacão precisará marcar gols contra o Vasco no Rio

O Atlético empatou por 2 x 2 com o Vasco, ontem, na Arena da Baixada, no primeiro jogo do confronto pelas quartas de final da Copa do Brasil, e agora se quiser ir para as semifinais do torneio terá de vencer a equipe carioca em pleno São Januário, no Rio.

Apesar de o resultado não ser de todo ruim, por não exigir reversão de placar, o Furacão queria uma boa vitória para chegar com vantagem no jogo da próxima quinta-feira.

A mística de jogar no São Januário pesa no retrospecto dos confrontos entre os dois clubes. Não bastasse o Vasco ser forte em casa, quando se trata de Atlético é ainda mais imbatível. Os cariocas nunca perderam em casa para o Rubro-Negro.

Além desse tabu, o Furacão também nunca conseguiu chegar a uma semifinal na Copa do Brasil e assim, na próxima quina-feira, o time de Adilson Batista terá dois tabus para quebrar se quiser seguir na competição.

Ontem, o Atlético, que em jogos da Copa do Brasil tem sido uma equipe muito diferente em relação aos jogos que fez no Campeonato Paranaense, começou muito mal na partida.

A torcida, que se propôs a ajudar o time, chegou a perder a paciência nos minutos finais da etapa inicial. Mas uma substituição no intervalo mudou a história do jogo.

Branquinho saiu do banco para ser um dos destaques da partida e participou dos dois gols atleticanos. Sem um oponente forte, o Vasco se sentiu em casa no 1.º tempo.

Teve espaço para articular as jogadas e na defesa foi ajudado pela série de impedimentos do Atlético, principalmente de Guerrón. Com três volantes e apenas Paulo Baier na criação, o esquema limitou as oportunidades rubro-negras, que apenas assistiu ao Vasco abrir o placar.

Com 36 minutos, Alecsandro, aproveitando o rebote da bola de Éder Luís, que explodiu na trave, mandou para o fundo das redes e fez 1 x 0. Em homenagem ao pai Lela, o atacantes vascaíno comemorou fazendo caretas.

O árbitro entendeu como provocação à torcida atleticana e deu cartão amarelo. Com o time tendo uma das piores apresentações sob o comando de Adilson Batista, o treinador se obrigou a mudar já no intervalo.

A mexida deu nova cara ao Furacão. Branquinho no lugar de Robston fez o Atlético abrir o jogo, com opções pelos lados do gramado. Já com seis minutos, veio o empate.

A jogada começou com uma tabela entre Baier e Branquinho, e depois do bate rebate na área Guerrón de cabeça deixou tudo igual: 1 x 1. A nova postura fez a torcida reacender na Baixada. Se no primeiro tempo alguns torcedores chegaram a pedir raça, na segunda etapa eles foram só incentivos.

Com os gritos nas arquibancadas e o time muito mais agressivo, o Atlético foi tomando conta do jogo e ensaiava uma virada. S”po que o Vasco reagiu e voltou a ficar na frente. Numa falha da defesa, a bola espirrou e Diego Souza fez 2 x 1.

Mesmo com o revés, o Atlético continuou pressionando. Num pênalti sofrido por Branquinho, aos 41 minutos, o Furacão conseguir o empate. O gol foi marcado por Paulo Baier, após longa catimba vascaína, numa demonstração do que o Rubro-Negro irá encontrar na próxima semana em São Januário.