Furacão faz 2 a 0 no Cianorte e coloca a faixa no peito

A profecia do presidente atleticano Marcos Malucelli do “vamos carimbar o ano do centenário deles” se concretizou ontem à tarde, assim que o árbitro apitou o final da partida contra o Cianorte e ecoou na Arena o grito de “é campeão”.

E a conquista do 22.º título paranaense veio numa vitória por 2 a 0 onde a equipe não foi brilhante, mas teve personalidade para suportar a pressão de ter que vencer.

O título ganhou mais legitimidade com o empate do Coritiba diante do Nacional, que deixou o eterno rival em 3.º lugar e acabou com qualquer dúvida sobre qual foi a equipe com melhor produtividade em todo o campeonato.

Jogo

O Atlético iniciou a partida tentando administrar os próprios nervos, já que necessitava apenas fazer o resultado para erguer a taça. O time dominou com relativa facilidade até os 25 minutos, mas o abafa inicial não resultou em gol, o que aumentou a ansiedade em campo e na torcida.

Isso fez com que a equipe se dispersasse um pouco e se dividisse em dois blocos: cinco defensores e cinco atacantes, deixando o meio-campo desguarnecido.

O Cianorte aproveitou a brecha e passou a incomodar. Dois chutes de Dill passaram raspando a trave de Galatto e causaram apreensão na Arena. O Leão do Vale do Ivaí se fechou bem e complicou o jogo, tentando encaixar contra-ataques rápidos.

A má apresentação do meio-campo atleticano, que não criava, não marcava – especialmente Julio dos Santos – contribuiu para que a tensão só aumentasse. O alívio veio somente nos acréscimos do 1.º tempo, numa jogada individual de Wesley, que acertou um bom chute e assinalou o seu primeiro gol com a camisa atleticana.

Ciciro Back

Título

A vantagem tirou o peso das costas dos rubro-negros e o time voltou mais solto e melhor posicionado para a etapa final. E logo aos 4 minutos, o Furacão sacramentou o título.

Raul foi derrubado na área e o árbitro marcou pênalti. Rafael Moura, com paradinha, assinalou o seu 14.º gol no campeonato e garantiu a artilharia do Paranaense. A partir dos 38 minutos a festa explodiu na Arena.

A nação rubro-negro entoou seus cantos, chamou o nome de todos os jogadores e a plenos pulmões gritou “é campeão”. No campo de jogo a euforia começou assim que Antônio Denival de Morais pediu a bola e decretou o final do jogo.

Os atletas se abraçaram e correram para junto da torcida para festejar. Enquanto isso Geninho recebia das mãos de sua comissão técnica mais uma faixa de campeão. Outra conquista do técnico que é ídolo na Baixada.