Triste realidade

Fora da Série D, times do interior amargam a inatividade

Na semana em que o Campeonato Paranaense começa a ganhar contornos decisivos, a dura realidade do futebol nacional bate à porta dos clubes que não alcançaram as fases agudas da competição: a falta de calendário. Levando em conta as equipes do interior e litoral, mais da metade das 12 equipes que disputaram a primeira divisão do Estadual ficam a ver navios no complemento da temporada. De mãos atadas e longe dos holofotes, os times buscam alternativas para sobreviver ao lado nada glamoroso do Paranaense.

“Resta nos estruturarmos e investir nas categorias de base. É certo que não vamos conseguir manter a comissão técnica. Até gostaríamos, mas muito tem se falado no nome do Netinho, vários clubes o estão procurando. O clube se mantem em atividade, mas o profissional retorna apenas em novembro”, revela Thiago Campos, presidente do Rio Branco, que chegou a liderar a competição, mas esbarrou no Coritiba nas quartas de final.

Especialmente em 2014, o Estadual foi ingrato aos clubes de menor expressão. É que, em função das disputas da Copa do Mundo, em junho, todo o calendário nacional foi ajustado – inclusive os estaduais. Com uma fórmula de disputa de tiro curto, a enxuta competição será concluída, dia 13/4, em menos de 90 dias de disputas. “O Paranaense desse ano foi muito curto, quando a torcida engrenou, a competição acabou”, lamenta Valdir Cagnini, presidente do Prudentópolis, referindo-se ainda aos contratos de publicidade, de menor valor pela rapidez do campeonato. Assim como a equipe parnanguara, o valente Prude, apontado como virtual favorito ao rebaixamento antes do início do Paranaense, mas que concluiu sua participação frente ao bom time do Maringá, finalista da competição, também sofre na pele as consequências da falta de competições para o segundo semestre.

Sem calendário e receita, a palavra de ordem no representante da região Centro-Sul do Estado é arrumar a casa e planejar o ano seguinte. “O primeiro passo é arrumar a casa. Apesar de as despesas terem sido bem maiores a arrecadação os pagamentos estão em dia, mas já planejamos 2015 com a captação de novos patrocinadores. Nossa intenção é manter uma base já visando a próxima temporada, estamos conversando com alguns atletas que temos o interesse em renovar e devemos emprestá-los para clubes da 2ª divisão’, completa o dirigente do Tigre.

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