Fisichella é pole no GP da Bélgica de F-1

Piloto veterano, da única equipe que ainda não fez pontos no ano, Giancarlo Fisichella foi protagonista ontem de uma das maiores zebras da F-1 recente. O italiano conquistou a pole-position para o GP da Bélgica desbancando todos os favoritos e contribuindo para fazer da 12ª etapa do Mundial a mais “lotérica” da temporada.

Afinal, em segundo e terceiro no grid aparecem mais dois coadjuvantes do campeonato, Jarno Trulli e Nick Heidfeld, e o primeiro carro candidato natural a vitória é o quarto colocado, o de Rubens Barrichello, da Brawn.

Com um detalhe: o brasileiro, vencedor da prova de domingo passado em Valência, fez a classificação com o carro mais leve do que Fisichella. Com menos combustível, Rubens será o primeiro a parar nos boxes, na volta 11.

Os pesos dos dez primeiros no grid apontam Kimi Raikkonen, sexto, e Sebastian Vettel, oitavo, como maiores candidatos à vitória, ao lado de Trulli. Todos devem fazer seus pit stops entre as voltas 14 e 16.

Em condições normais, com algumas voltas a mais na pista antes de suas paradas, devem ganhar as posições daqueles que começarem a corrida à sua frente.

Alheio à matemática, Fisichella, 36 anos, comemorou a primeira pole da Force India e a quarta de sua carreira com uma vibração que contagiou o paddock. “É inacreditável, incrível, fabuloso!”, disse o italiano. Sua última vez à frente de um grid fora no GP da Malásia de 2006, quando defendia e Renault.

Alegria que não se via no rosto do líder do Mundial, Jenson Button. O inglês, pela primeira vez no ano, não passou da segunda parte da classificação e parte apenas em 14º.

“Faltou aderência ao meu carro nas curvas de alta”, resmungou Jenson, que vai largar pesadão e parar apenas na 26ª volta. Isso, claro, se não chover – algo comum nessa região da Bélgica.

Outro que foi mal: Lewis Hamilton, da McLaren, forte na sexta, apenas 12º ontem. “Nosso carro, nas curvas rápidas, tem problemas. A gente imaginava que isso iria acontecer”, disse o atual campeão do mundo.

Vexame, mais uma vez, deu Luca Badoer. O italiano que substitui Felipe Massa na Ferrari larga em último de novo. No fim do Q1, rodou e bateu. Não deve correr mais pelo time, depois de Spa. O curioso é que Fisichella é um dos candidatos a tapar o buraco, até a volta do brasileiro.

“Não conversamos sobre isso, mas é um sonho”, falou “Fisico”. Que, ao deixar o cockpit de seu carro multicolorido ontem, recebeu afetuoso abraço de Barrichello, 37 anos. “É bom ver a velha guarda de volta”, falou Rubens. O GP da Bélgica, hoje, começa às 9h de Brasília e terá 44 voltas.

Voltar ao topo