Filho de Garrincha visita o CT do Caju e fica maravilhado

Ulf Lindberg, o filho sueco do craque brasileiro Mané Garrincha, foi ontem ao Centro de Treinamento Alfredo Gottardi, o CT do Caju, do Atlético Paranaense para conhecer o local e a infra-estrutura oferecida aos atletas do clube. Ao lado de sua mulher, Rose Olsen, Lindberg ficou admirado com a estrutura do clube e a organização do local foi um dos pontos que mais o impressionou. ?Só pela estrutura, dá para acreditar que o trabalho aqui é muito profissional?, comenta.

?Faz de tudo? na Suécia

Pai de quatro filhos e funcionário de uma franquia de embutidos na cidade de Halmstad, na costa oeste da Suécia, Lindberg é um ?faz tudo? na empresa. ?Cuido desde o recebimento dos pedidos, até a limpeza da Van que distribui salsichas.?

Prestígio tupiniquim

Aqui no Brasil, entretanto, Ulf recebe tratamento vip e é tratado como celebridade. Mas ele diz ter aprendido a conduzir este tipo de situação e entende a veneração que as pessoas, não apenas os brasileiros, têm por Garrincha. ?Na Suécia isto também me dá uma certa notoriedade. Mas não se compara ao que ocorre no Brasil?, comenta, fazendo um comparativo entre o que está percebendo em Curitiba ao que sentiu quando foi ao Rio de Janeiro em 2005.

Referência à memória

?No Rio, as pessoas mais velhas falam do Garrincha por ser alguém com quem eles conviveram. Aqui em Curitiba, as pessoas convivem com a memória dele?, analisa, ao se referir à cidade em que o craque brasileiro viveu.

Frio curitibano surpreende até suecos

Acostumados a viver em uma cidade litorânea, como é o caso de Halmstad, e com a referência de que o Brasil é sol e mar durante o ano todo, Lindberg e Rose se surpreenderam com o frio curitibano, a ponto de comemorar os poucos momentos de sol durante a visita ao CT do Caju. ?O Rio de Janeiro lembra muito Halmstad. Lá as pessoas também se encontram muito na praia, é tudo muito livre. Lá também temos a nossa Copacabana?, relata.

Quero-quero chama atenção

Enquanto percorriam o CT do Caju, uma família de quero-queros chamou a atenção de Rose Olsen. Por alguns minutos ela ficou acompanhando o vôo das aves, e depois quis saber qual era a espécie barulhenta.

Figuras históricas

Se Rose ficou encantada com os quero-queros, Ulf filmava com uma pequena câmera de mão as instalações do CT. Mas o filho de Garrincha também não dispensou ser fotografado ao lado do mineiro Edmilson Aparecido Pinto, o Bolinha. Carismático, o massagista do Rubro-Negro trocou algumas palavras, sorrisos e apertos de mão com o casal sueco. Desta vez o intérprete foi Arlindo Ventura, o Magrão, dono o Otorto Bar, responsável direto pelo convite e vinda de Ulf a Curitiba.

Homenagem ao futebol arte

Além da visita ao Otorto, uma espécie de ?templo? que conta um pouco da história de Garrincha, a intenção de Magrão ao trazer o filho do Mané, foi também lembrar e valorizar o futebol arte dos craques daquela ?época que colocaram o Brasil na história mundial do esporte?. Amanhã os torcedores comemoram 50 anos pela conquista do 1.º título da seleção conquistado em junho de 1958 na Suécia.

Família carioca

Ulf contou que existe apenas uma pequena relação com a sua familia brasileira. ?Existe contato, mas não é estreita. Não os conheci direito e não convivo com eles?, disse. Em 2005 visitou o Rio de Janeiro, e conheceu Pau Grande, cidade onde nasceu e morou Mané Garrincha. O casal Ulf e Rose deve viajar para a cidade maravilhosa na segunda-feira, onde deverão ficar mais alguns dias antes de retornar para a Suécia.

Prazeres da carne

Depois de serem recebidos no CT do Caju, Ulf, Rose e Arlindo foram almoçar numa churrascaria, para saborearem um pouco da prazerosa culinária brasileira.

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