Cerveja liberada e nada de meio-ingresso durante as disputas da Copa das Confederações de 2013 e da Copa do Mundo de 2014. A determinação da Fifa vai obrigar o Paraná e os demais estados que receberão os torneios a reverem sua legislação sobre o assunto. Os detalhes serão definidos na próxima quarta-feira (12), em Brasília, durante reunião com a presença da presidente Dilma Rousseff.
Na última quinta-feira, representantes das 12 cidades-sedes do mundial se reuniram com técnicos da Fifa e do Comitê Organizador Local (COL), no Seminário sobre Legislação Estadual e Municipal para a Copa, no Rio de Janeiro. “Eles mostraram um projeto do que se pretende para a Lei Geral da Copa, com preocupação especial com a questão da bebida e do meio-ingresso nos estádios”, diz o secretário estadual para a Copa de 2014 Mário Celso Cunha.
No Paraná, existem leis estaduais que garantem o direito a 50% de desconto na entrada para eventos esportivos e culturais para estudantes, idosos, professores e doadores de sangue. Benefício que a Fifa não aceita nos jogos da Copa. “Já em relação à bebidas alcoólicas não há lei estadual, mas apenas um acordo entre clubes, ministério público e o governo do estado. É mais simples”, garante o secretário.
Além da questão das bebidas alcoólicas e meias-entradas, a Fifa também pede adequação nas leis que regem licenciamentos, publicidade na região dos estádios e até segurança pública. “Dentro dos estádios, só vai haver segurança privada. O policiamento fardado atuará no entorno, vias de acesso, aeroporto e hotéis”, revela Mário Celso.
Outra exigência é o controle de toda a publicidade num raio de dois quilômetros ao redor dos estádios. “Nessa faixa, não pode haver placas de nenhuma marca concorrente dos patrocinadores da Fifa. As lojas que vendem esses produtos poderão funcionar, mas sem nenhum tipo de publicidade”, ressalta o secretário.
A Fifa se mostra intransigente em suas determinações, mas a forma como elas serão cumpridas só será definida na próxima quarta. “Não adianta nós debatermos e nos anteciparmos antes da Fifa fechar um acordo com o governo federal. Vamos aguardar para então definir como será feita essa adaptação”, afirma Mário Celso.