Felipão renova com Portugal até a Eurocopa

Rio e São Paulo – das agências – O técnico da seleção portuguesa, Luiz Felipe Scolari, recusou um convite do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, para comandar novamente a seleção brasileira, informaram ontem a CBF e um representante do treinador.

Segundo a assessoria de Felipão, o técnico decidiu junto com a família permanecer na Europa, mas não teria acertado ainda sua permanência em Portugal. No entanto, a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) anunciou ontem, oficialmente, que Scolari ficará em Portugal por mais dois anos e preparará a seleção portuguesa para as eliminatórias da Eurocopa, que será realizada na Áustria e na Suíça. A renovação do contrato de Felipão foi por mais dois anos – ele ficará até 31 de julho de 2008 à frente da seleção lusa.

O convite para voltar ao Brasil teria partido diretamente de Teixeira, que conversou por telefone com Scolari no final da Copa do Mundo da Alemanha, que terminou no dia 9 de julho. ?Ele abriu mão da seleção brasileira para ficar na Europa?, afirmou o assessor de imprensa de Scolari, Acaz Fellegger, acrescentando que o dirigente teria proposto um encontro pessoal com o treinador.

?Mas o Felipão disse a ele (Teixeira) que já havia conversado com a família e que se a viagem a Portugal fosse por causa da seleção, ele nem precisava ir?, afirmou. O porta-voz da CBF, Rodrigo Paiva, confirmou: ?Foi uma conversa, uma sondagem, afinal ele é um técnico campeão do mundo com a seleção brasileira?.

Apesar da intenção de contratar Scolari, a CBF garante que ainda não está decidida pela saída do atual treinador, Carlos Alberto Parreira, de acordo com Paiva. O anúncio da permanência de Parreira ou do novo técnico deve acontecer na próxima semana. Felipão levou Portugal ao quarto lugar na Copa do Mundo da Alemanha. O time terminou em primeiro lugar no Grupo D do mundial e passou por Holanda e Inglaterra na fase eliminatória, antes de perder para a França na semifinal. O treinador também conduziu o Brasil ao pentacampeonato da Copa do Mundo em 2002, com sete vitórias em sete partidas, e era uma aposta da CBF para substituir Parreira após o fracasso do Brasil no mundial da Alemanha, quando o time perdeu para os franceses nas quartas-de-final.

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