Fast triatlo emoção e velocidade

Não será tarefa fácil para a equipe brasileira conseguir a vitória no Mundialito de Fast Triathlon Masculino hoje, a partir das 9h30, em Santos. Paulo Miyasiro, Juraci Moreira e Bruno Khouri terão pela frente times de excelente nível, com atletas olímpicos e alguns acostumados a disputar o fast.

É o caso da equipe dos EUA, onde os três já disputaram Olimpíadas e dois conhecem bem as dificuldades do mundialito. Brian Fleischmann foi 3.º colocado no ano passado e vice-campeão em 2003. "Agora quero ficar em primeiro", brinca ele, que tem 26 anos e é triatleta profissional há três. "Na verdade estou me sentindo muito bem e a equipe está mais forte que nas outras vezes em que eu estive aqui. Por isso estou confiante."

Seu compatriota Victor Plata é o estrangeiro com maior número de participações no Fast: competirá pela quinta vez. Número 27 do ranking mundial, ele também acredita em um bom resultado do time norte-americano, que é completado por Andy Potts.

Estreante no Mundialito, Andy é mais comedido em relação ao resultado. "É começo de temporada e não sei o que vou encontrar. Falam muito bem da competição, o que torna a expectativa grande." Em 69.º no ranking mundial, Andy foi 11.º no Mundial de Portugal e 22.º na Olimpíada de Atenas. Além disso, é considerado o melhor nadador do circuito.

"Comecei minha carreira na natação, quando tinha 16 anos", conta Andy, que na idade júnior chegou a ser o número 1 do mundo nos 1.500m livre. "Meu objetivo era disputar uma Olimpíada, mas acabei parando com tudo por dois anos. Quando retornei ao esporte, há dois anos e meio, passei para o triathlon, e consegui tornar meu sonho olímpico realidade". Em Atenas, Andy foi o primeiro atleta a sair da água. "Gostaria de ter ido melhor, mas ao mesmo tempo fiquei feliz por ter estado lá", afirma.

Andy revela que no Mundialito terá a torcida de um amigo brasileiro que é ídolo do esporte nacional: o ex-nadador Gustavo Borges. "Somos muito amigos. Nos conhecemos em Michigan, onde treinávamos juntos, e mantivemos a amizade. Conheço bem sua esposa, seus filhos e quem sabe ele apareça pra dar uma força", ressalta.

Quinto do mundo

Dos atletas que vão participar do Mundialito, o melhor ranqueado é o neozelandês Kris Gemmel. Número 5 do circuito, ele estará no fast pela segunda vez, foi campeão por equipes e 3.º no individual em 2002. "Estamos treinando há três semanas. Temos um bom time e tentaremos fazer o máximo. Gosto muito desse tipo de competição que, apesar de desgastar muito, é empolgante", diz Kris, que terá a companhia de Nathan Richmond (20.º do mundo e vencedor da etapa de Corner Brook em 2004) e Will Green.

Outro atleta bem cotado para o Mundialito é o canadense Paul Tichelaar, atual campeão e 4.º colocado em 2002.

Brasil, jogo de equipe

Os donos da casa vão competir confiantes numa boa apresentação. Eles acreditam num jogo de equipe para levar o Brasil a um novo título, como ocorreu em 2003. Os olímpicos Juraci e Miyasiro competiram juntos naquele ano e esperam repetir o bom desempenho. "O importante é não errar. Senão, já era. Não recupera mais", afirma Shiro.

"Acho que a disputa vai ser bem equilibrada, temos experiência e vamos batalhar pelo título", acrescenta Juraci. "Eu aposto no Brasil, que tem a equipe mais homogênea e vamos fazer um trabalho de equipe. Vai ser duro, porque tem muitas estrelas do Circuito Mundial", avisa Bruno, o estreante da equipe brasileira. Os atletas vão disputar três baterias seguidas (com curtos intervalos para descanso), com 250m de natação, 4.400m de ciclismo e 1.440m de corrida. O Mundialito de Fast Triathlon também terá a participação das equipes da República Tcheca e Japão.

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