A paciência do técnico Gilson Kleina com a diretoria do Palmeiras parece ter chegado ao fim nesta sexta-feira. O treinador não escondeu a insatisfação com a falta de movimentação do clube no mercado, apesar das diversas reuniões e da lista de reforços pedidos por ele. Até o momento, mais de 20 jogadores deixaram a equipe paulista, enquanto apenas dois (Fernando Prass e Ayrton) chegaram.
“Já fiz mais reunião do que a ONU aqui. Foi passada uma relação de jogadores (a serem contratados) em dezembro. Respeito o momento político e a situação que foi passada para mim, mas temos de entender que precisamos de reforços. Hoje, se o Henrique machuca não temos zagueiro. Se perco o Juninho também não temos substituto”, disse Kleina.
O momento político comentado pelo técnico é a iminente troca de diretoria após a eleição que acontecerá no próximo dia 21, que poderia atrapalhar a negociação de reforços. Mesmo assim, ele pediu agilidade, reforçando que o Palmeiras precisa contratar para fechar um elenco para a temporada e pedindo “inteligência” aos dirigentes.
“Pela grandeza do Palmeiras, temos de ser no mínimo inteligentes. A questão é necessidade. Tenho certeza que os próximos presidentes (o que vier a ser eleito) têm estratégias, mas perdemos um tempo que não volta mais”, comentou.
As inúmeras saídas e os poucos reforços fazem com que Kleina comece o ano “rezando” para que nenhuma lesão aconteça e ele possa escalar a equipe sem improvisações. “No momento temos que treinar, recuperar e rezar, porque se acontecer algo teremos de começar o campeonato improvisando.”