Destaques do ano

Experiência e vontade conduziram Germano no Londrina

Líder, capitão e artilheiro. O ano de Germano no Londrina foi especial. Foto: Albari Rosa

Aos 35 anos, o volante Germano é a cara do Londrina. Hoje é praticamente impossível desassociar a imagem dos dois. Líder em campo, com estilo viril dos volantes clássicos, e técnico quando necessário, o jogador segue no Tubarão para 2017 com a responsabilidade de conduzir o time na recheada temporada do clube, que terá jogos pela Primeira Liga, Campeonato Paranaense, Copa do Brasil e Série B.

“Ele é uma figura que representa o Londrina e até a cidade de Londrina, embora não seja londrinense. Tem a experiencia e a bagagem que o time precisa. É o grande representante do time”, elogiou o superintendente de futebol Ocimar Bolicenho, que tentou levar Germano para o Paraná na década passada por duas vezes ainda nas categorias de base.

Ocimar destaca a importância que o jogador tem para a equipe do técnico Claudio Tencati. A passagem por grandes clubes brasileiros e também do Japão deram a ele uma experiência capaz de ajudar na condução do time não só em campo, mas também nos bastidores.

“Um Londrina sem o Germano certamente seria diferente. É óbvio que o time não acabaria sem ele, mas com certeza ele tem muito crédito pelo que o time é hoje. Ele agrega um valor muito grande ao elenco e tem muito carisma e identidade com a torcida”, concluiu Bolicenho.

E em 2016 o capitão foi essencial, não só na liderança e na marcação, como também lá na frente. Ao todo, foram 11 gols, sendo nove só na Série B, onde o Alviceleste terminou na sexta colocação. Um elemento surpresa que fez a diferença. O contrato de Germano com o Londrina vai até maio de 2018 e o jogador pretende encerrar a carreira no Tubarão. Antes, porém, espera ajudar o time a conquistar seu grande objetivo: chegar à Série A do Brasileirão.

Nascido em São Pedro do Iguaçu, Germano começou no Grêmio Maringá em 1999. Logo foi para Toledo, onde se desenvolveu e teve ótimo desempenho. Passou pelo Cascavel e em 2001 chegou ao Londrina, onde se consolidou como profissional. Em quatro temporadas no Tubarão disputou mais de 170 jogos. Em 2004, ano da queda do Londrina na Série B, acabou indo para o Gama. Depois, passou por Ceará, São Caetano e Vila Nova, antes de chegar ao Atlético-MG em 2007.

No Galo alcançou suas maiores conquistas e alcançou projeção internacional. Foi para o Japão (Cerezo Osaka) e após três temporadas retornou ao Brasil para jogar no Santos, em 2009. Na Vila Belmiro foi campeão paulista e da Copa do Brasil pelo Peixe e viu de perto o surgimento de craques como Neymar e Ganso.

Já no Sport, em 2011, uma lesão no púbis o afastou dos gramados por quase um ano e meio. Em 2013 voltou para o Londrina para recomeçar a carreira aos 31 anos. Após bom recomeço, chamou a atenção do Coritiba e ficou por dois anos na capital antes de retornar ao interior do PR, de onde não pretende mais sair até o fim de sua carreira.