Ficou para a próxima terça-feira o depoimento do presidente da Agência de Fomento do Paraná, Juraci Barbosa Sobrinho, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Obras da Copa do Mundo. A justificativa do adiamento da sessão, que seria realizada ontem, na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), foi a de que há um grande número de documentos que os parlamentares receberam do governo do Estado sobre o andamento das obras, tanto da Arena da Baixada quanto dos projetos de mobilidade urbana. “Teremos mais tempo para analisar a documentação e questionar de forma mais profunda a Fomento Paraná. Se a sessão fosse hoje (ontem), abordaríamos somente o recuo do Atlético para a assinatura do contrato”, revelou o consultor jurídico da CPI, Jorge Augusto Derviche Casagrande.
Sobre o andamento do estádio atleticano, Casagrande afirmou que a abordagem principal dos membros da CPI será para saber com qual cláusula do contrato de financiamento dos recursos junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) o presidente do Atlético e da CAP S/A, Mário Celso Petraglia, não concordou e recuou da assinatura do acordo, impedindo a liberação das parcelas para a conclusão das obras. O governo do Estado informou que assim que o contrato for formalizado, R$ 26 milhões serão liberados ao Atlético, referente à primeira parcela do financiamento.
Enquanto o impasse não é resolvido, as obras no estádio seguem em ritmo lento. A CAP S/A anunciou que pouco mais de 54% foram concluídas. Para conseguir concluir o estádio até o começo do segundo semestre, será preciso que, a partir de janeiro, a construção avance 6,5% ao mês. De novembro até ontem, evoluiu cerca de 2,5%.